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Comércio fecha 2022 com alta de 1%, menor crescimento desde 2016

Em dezembro, vendas no varejo recuaram 2,6%, na segunda queda consecutiva. Inflação freou consumo no ano passado

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE (Leandro Fonseca/Exame)
AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de fevereiro de 2023 às 11h45.

As vendas no varejo cresceram 1% em 2022, menor crescimento desde 2016, quando houve queda no setor. O desempenho modesto tem relação com a inflação alta, que freou o consumo dos brasileiros no ano passado. Em dezembro, as vendas voltaram a cair. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.

Veja os destaques:

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Em dezembro, as vendas no comércio recuaram 2,6% ante novembro. É a segunda queda consecutiva

Na comparação com dezembro de 2021, o setor variou 0,4%.

O setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso na pesquisa, está há dois meses no campo negativo, embora tenha encerrado o ano com ganho acumulado de 1,4%.

O setor de combustíveis e lubrificantes foi um dos que ajudou a manter as vendas do comércio positivas no ano, com alta acumulada 16,6%

O que diz o IBGE

Segundo o IBGE, o resultado das vendas do comércio em 2022 está muito próximo ao dos anos anteriores. Em 2021, por exemplo, houve ganho de 1,4%.

Um dos segmentos que mais contribuíram para que o varejo mantivesse o resultado positivo foi o de combustíveis. Com o corte do ICMS sobre esses produtos a partir de julho, o consumo de gasolina e outros combustíveis cresceu.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, lembra que, nos dois últimos meses de 2022, o segmento teve quedas fortes, superiores a 5%. Ainda assim o desempenho no ano foi o segundo melhor na série histórica.

No caso do segmento de hiper e supermercados, a alta em 2022 é explicada, em parte, pela queda de 2,6% no ano anterior. Também reflete a escalada da inflação e a ampliação do Auxílio Brasil.

“Em 2022, tivemos o efeito da inflação elevada sobretudo em alimentos, o que favorece mais esse setor que outros, já que muitos deixam de consumir outro tipo de produto para continuar comprando esses itens básicos. No último trimestre, tivemos também o efeito do aumento do Auxílio Brasil, alcançando as famílias de menor renda que tendem a usar o valor do benefício em hiper e supermercados”, analisa Santos

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