Comércio e serviços devem consumir até R$ 1,2 bi do FGTS sacado
A estimativa foi feita pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas com base na projeção de que os pagamentos atingirão R$ 3,5 bi
Agência Brasil
Publicado em 7 de julho de 2017 às 12h50.
Última atualização em 7 de julho de 2017 às 15h10.
Os trabalhadores com direito aos saques do último lote de retirada das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ( FGTS ), que começarão a ser pagos amanhã (8) pela Caixa Econômica Federal (CEF) devem utilizar até R$ 1,2 bilhão dos recursos no comércio e nos serviços.
Esta estimativa foi feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com base na projeção da CEF que o total dos pagamentos vão atingir R$ 3,5 bilhões.
Uma pesquisa dessas entidades em 12 capitais, mostrou que 21% dos novos beneficiários pretende usar o dinheiro na liquidação de dívidas em atraso, enquanto 20% planeja pagar pelo menos uma parte dos débitos vencidos.
Entre os consultados, 21% declara que vai utilizar o resgate para as despesas diárias e 22% vai guardar na poupança. Uma parcela bem menor, de 7%, pretende gastar com viagens.
Aplicações entre os que já sacaram
Entre os trabalhadores já contemplados nas fases anteriores, 38% planeja quitar dívidas atrasadas e 39% pretende reservar o dinheiro para os gastos no dia a dia.
Um total de 6% empregou o dinheiro na regularização de parte de dívidas em atraso; 12% opta pela poupança e 7% antecipa o pagamento de prestações de crediário, casa e carro.
A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos consumidores (54%) não têm direito aos saques e 10% desconhece se tem este direito.
O levantamento foi feito nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém.
Participaram 800 entrevistados com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro foi estimada em, no máximo, 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.