Economia

Comércio com EUA não será prejudicado com Trump, diz embaixadora

Para a embaixadora, o intercâmbio educacional e o turismo entre os dois países também devem ser mantidos

Dólar e real: segundo ela, temor brasileiro com relação a possíveis mudanças é compreensível (Foto/Thinkstock)

Dólar e real: segundo ela, temor brasileiro com relação a possíveis mudanças é compreensível (Foto/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 11h59.

A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, disse que a eleição de Donald Trump não implicará em prejuízo para as relações comerciais entre os dois países. Ela participou hoje (17) de seminário na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), na capital paulista.

"O interesse básico com os Estados Unidos em fazer parcerias não vai mudar, não importa quem esteja na Casa Branca", disse. "Estou confiante de que continuaremos a aprofundar as relações [comerciais] com o novo presidente", completou a embaixadora.

Liliana afirmou que eleições geram incertezas, e que o temor brasileiro com relação a possíveis mudanças é compreensível. "Precisamos buscar maneiras de estreitar vínculos econômicos e comerciais, o que tratá benefícios para os dois países e pode ajudar a tirar o Brasil da crise".

A embaixadora mostrou-se favorável às propostas de redução do Custo Brasil para tornar o país mais competitivo.

O comércio entre os dois países, segundo a embaixadora, movimenta 100 bilhões de dólares por ano, com perspectiva de crescimento nos próximos anos.

As parcerias comerciais valorizadas pelo país norte-americano vão desde grandes empresas como Embraer a média e pequenas empresas. Liliana estima que o investimento dos Estados Unidos no Brasil gire em torno de 112 bilhões de dólares.

Hélio Magalhães, presidente do conselho de administração da Amcham, ressaltou que as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidas estiveram paralisadas por muitos anos. "Havia uma simpatia, mas nada de concreto era feito", criticou. As novas perspectivas no Brasil, no entanto, devem acelerar os negócios, mesmo com a mudança presidencial nos Estados Unidos, na opinião de Hélio.

Turismo

Para a embaixadora, o intercâmbio educacional e o turismo entre os dois países também devem ser mantidos. "Temos que incentivar o maior número de turistas com mecanismos que facilitem as viagens nas duas direções", disse.

Outro laço que deve se estreitado entre os países é na questão da segurança, de acordo com Liliana. Iniciativas como cooperação, troca de informações e o combate à lavagem de dinheiro são defendidos pela embaixadora.

"Vimos os atentados em Paris. Os terroristas não fazem distinção entre a nacionalidade das vítimas, com armas de destruição em massa. O Brasil é um forte e seguro parceiro na promoção da paz no mundo", disse.

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