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Com seca e crise, por que não prorrogar o horário de verão?

Em tempos de "águas magras" no setor elétrico, especialistas discutem a possibilidade de prorrogação do encerramento do horário de verão; MME afasta ideia

Em 1998, problemas de abastecimento no Rio e no Espírito Santo fizeram o governo estender a medida (WIKIMEDIA COMMONS)
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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 09h48.

São Paulo – À meia-noite deste sábado (15), chega ao fim o horário de verão. Em tempos de aperto no setor elétrico, especialistas discutem a possibilidade de prorrogação do procedimento, que ajuda na economia de luz.

Já ocorreu no passado. Em 1998, problemas de abastecimento no Rio de Janeiro e Espírito Santo fizeram o governo estender a medida.

Alexei Vivan, especialista em energia do escritório L.O. Baptista-SVFMA, acredita que uma possível prorrogação seria vantajosa para o setor elétrico do país. “A principal finalidade do horário de verão é preservar o sistema de transmissão. Uma prorrogação, neste momento em que o sistema está sendo muito demandado, seria uma vantagem”, afirma.

Walfrido Ávila, presidente da comercializadora de energia Trade Energy, destaca que com o final do horário de verão, podem haver mais sobrecargas no sistema. “Sobrecarga pode haver sim. Embora acho difícil ter mais do que já está acontecendo agora”.

Para ele, prorrogar o horário de verão seria vantajoso por dois motivos: pela qualidade de vida, já que as pessoas poderiam aproveitar mais o dia e pela economia na redução da conta de luz.

Ligando a luz às 6h da manhã

Embora alguns especialistas defendam uma possível prorrogação, o diretor-executivo do Grupo Safira, Mikio Kawai Jr,  afirma que a medida seria incipiente. “No verão, o dia acaba ficando maior. Exatamente por isso que nós temos o horário de verão. Mas agora, com o fim da estação, fica cada vez mais escuro de manhã. A economia que aconteceria na parte da noite é compensada pelo uso de energia antes do nascer do sol”, pondera.

Procurada pela equipe de reportagem de EXAME.com, a assessoria do Ministério de Minas e Energia informou que “não existe possibilidade de prorrogação do horário de verão”. Ao questionar sobre uma possível sobrecarga do sistema de energia com o término do horário de verão, a equipe de reportagem não obteve uma resposta.

O horário de verão é instituído por lei, e a única exceção para adiamento, prevista na legislação, é quando o término coincidir com o domingo de Carnaval, sendo o horário de verão prorrogado até o final de semana seguinte.

Economia em casa

Pedro Sega, gerente de produtos da OSRAM, dá dicas para o consumidor continuar economizando energia com o término do horário de verão. “Com o banimento gradativo do comércio de lâmpadas incandescentes, nós apostamos nas lâmpadas halógenas e LED”, diz.

Segundo ele, ambas as lâmpadas podem ajudar o consumidor a economizar com a conta de luz. “As lâmpadas halógenas são as melhores para substituir as incandescentes. Elas possuem o mesmo brilho e tem o mesmo formato. A economia das halógenas é de até 30% com relação às lâmpadas comuns”, defende.

Já as lâmpadas de LED, segundo Sega, geram uma economia de 80% a 90% com relação às comuns. “O produto ainda não popularizou, porque é um pouco caro. Mas é um investimento que deve ser considerado, já que o consumidor tem um retorno de economia na conta de luz”, finaliza.

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São Paulo – À meia-noite deste sábado (15), chega ao fim o horário de verão. Em tempos de aperto no setor elétrico, especialistas discutem a possibilidade de prorrogação do procedimento, que ajuda na economia de luz.

Já ocorreu no passado. Em 1998, problemas de abastecimento no Rio de Janeiro e Espírito Santo fizeram o governo estender a medida.

Alexei Vivan, especialista em energia do escritório L.O. Baptista-SVFMA, acredita que uma possível prorrogação seria vantajosa para o setor elétrico do país. “A principal finalidade do horário de verão é preservar o sistema de transmissão. Uma prorrogação, neste momento em que o sistema está sendo muito demandado, seria uma vantagem”, afirma.

Walfrido Ávila, presidente da comercializadora de energia Trade Energy, destaca que com o final do horário de verão, podem haver mais sobrecargas no sistema. “Sobrecarga pode haver sim. Embora acho difícil ter mais do que já está acontecendo agora”.

Para ele, prorrogar o horário de verão seria vantajoso por dois motivos: pela qualidade de vida, já que as pessoas poderiam aproveitar mais o dia e pela economia na redução da conta de luz.

Ligando a luz às 6h da manhã

Embora alguns especialistas defendam uma possível prorrogação, o diretor-executivo do Grupo Safira, Mikio Kawai Jr,  afirma que a medida seria incipiente. “No verão, o dia acaba ficando maior. Exatamente por isso que nós temos o horário de verão. Mas agora, com o fim da estação, fica cada vez mais escuro de manhã. A economia que aconteceria na parte da noite é compensada pelo uso de energia antes do nascer do sol”, pondera.

Procurada pela equipe de reportagem de EXAME.com, a assessoria do Ministério de Minas e Energia informou que “não existe possibilidade de prorrogação do horário de verão”. Ao questionar sobre uma possível sobrecarga do sistema de energia com o término do horário de verão, a equipe de reportagem não obteve uma resposta.

O horário de verão é instituído por lei, e a única exceção para adiamento, prevista na legislação, é quando o término coincidir com o domingo de Carnaval, sendo o horário de verão prorrogado até o final de semana seguinte.

Economia em casa

Pedro Sega, gerente de produtos da OSRAM, dá dicas para o consumidor continuar economizando energia com o término do horário de verão. “Com o banimento gradativo do comércio de lâmpadas incandescentes, nós apostamos nas lâmpadas halógenas e LED”, diz.

Segundo ele, ambas as lâmpadas podem ajudar o consumidor a economizar com a conta de luz. “As lâmpadas halógenas são as melhores para substituir as incandescentes. Elas possuem o mesmo brilho e tem o mesmo formato. A economia das halógenas é de até 30% com relação às lâmpadas comuns”, defende.

Já as lâmpadas de LED, segundo Sega, geram uma economia de 80% a 90% com relação às comuns. “O produto ainda não popularizou, porque é um pouco caro. Mas é um investimento que deve ser considerado, já que o consumidor tem um retorno de economia na conta de luz”, finaliza.

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