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Com pouco apetite da China, exportações do agronegócio caem em janeiro

Embarques de soja para a China foram 42% menores, fazendo com que o agronegócio tivesse recuo de 9,4%

Embarque de soja: do total de soja exportada pelo Brasil em janeiro, de 1,5 milhão de toneladas, a China levou 1,1 milhão de toneladas (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 10h29.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às 10h32.

São Paulo — As exportações do agronegócio do Brasil totalizaram 5,8 bilhões de dólares em janeiro, recuo de 9,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com a soja pesando nos resultados em meio a embarques da oleaginosa 42% menores para a China, de acordo com dados detalhados do Ministério da Agricultura divulgados na noite de quarta-feira.

Do total de soja exportada pelo Brasil em janeiro, de 1,5 milhão de toneladas, a China levou 1,1 milhão de toneladas, enquanto no mesmo mês de 2019 os embarques totais do país ficaram em cerca de 2 milhões de toneladas, com a China comprando 1,9 milhão de toneladas, segundo os números ora divulgados.

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No caso da soja, principal produto de exportação do país, os embarques em janeiro de 2020 foram afetados também por uma colheita mais atrasada em relação ao avanço recorde do ano passado, além de menores compras da China, principal importador global e do produto do Brasil, maior exportador mundial.

Isso aconteceu porque em janeiro de 2019 o Brasil ainda foi bastante beneficiado pela guerra comercial sino-americana. Já em 2020 os EUA assinaram o acordo comercial fase 1 com a China, o que animou as relações comerciais entre os dois países, conforme reportou a Reuters em janeiro.

"A queda nos preços dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil, de 7,4%, foi a razão preponderante para a redução das vendas externas em janeiro...", de acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do ministério, que elaborou levantamento.

As vendas externas de carnes (bovina, suína e de frango), açúcar e algodão, no primeiro mês do ano, ajudaram a compensar, em parte, a queda nos produtos do complexo soja --grãos, farelo e óleo (-31%) e dos produtos florestais --celulose, papel e madeira (-33,8%), disse o ministério.

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