Economia

Com debate, comissão sobre Eletrobras terá nova sessão

A sessão, que estava prevista para começar às 14h30, somente foi iniciada pouco após às 16h, conforme a oposição usou de recursos regimentais

Eletrobras: relator do projeto começou a ler sua proposta de programa de trabalho para a comissão só quase duas horas depois de iniciada a sessão (Eletrobras/Divulgação)

Eletrobras: relator do projeto começou a ler sua proposta de programa de trabalho para a comissão só quase duas horas depois de iniciada a sessão (Eletrobras/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 20h04.

Brasília - A oposição dominou os debates durante a segunda reunião de uma comissão especial da Câmara que analisa o projeto de lei de desestatização da Eletrobras, o que obrigou o presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (MDB-PB), a marcar para quarta-feira uma nova reunião, que buscará concluir parte dos trabalhos originalmente previstos para esta terça.

A sessão, que estava prevista para começar às 14h30, somente foi iniciada pouco após às 16h, conforme a oposição usou de recursos regimentais para fazer obstrução desde o início das atividades.

A ata da reunião anterior do grupo, por exemplo, só foi aprovada cerca de uma hora após o início da sessão.

"Não podemos ter títeres aqui do que é mandando pelo Palácio do Planalto. Isto é uma barbárie institucional", disse em certo momento a deputada Érica Kokay (PT-DF), que pediu a suspensão dos trabalhos da comissão quando o Plenário da Câmara deu início à ordem do dia, o que segundo ela obrigaria o encerramento dos trabalhos nas comissões.

O relator do projeto, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), começou a ler sua proposta de programa de trabalho para a comissão só quase duas horas depois de iniciada a sessão.

O plano de Aleluia, lido brevemente em meio a protestos dos oposicionistas, foi dividido em seis eixos: a visão do governo e da Eletrobras, a revitalização do Rio São Francisco, a área de pesquisas no setor elétrico, a nova empresa que vai gerir Eletronuclear e Itaipu, o impacto tarifário e social da desestatização e o limite de 10 por cento do capital votante definido para investidores na empresa sob gestão privada.

Aleluia também afirmou que sua previsão é que a comissão vote seu parecer sobre o projeto de lei até 24 de abril.

Pouco depois de Aleluia apresentar o cronograma, Motta (MDB-PB), encerrou a sessão e agendou uma nova reunião para quarta-feira às 14h30, "para discutir o plano de trabalho e votar requerimentos".

A votação dos requerimentos era uma das atividades que a comissão previa realizar na sessão desta terça-feria, mas que acabaram adiadas.

Um atraso na sessão de instalação da comissão, na semana passada, já havia levado a corretora XP Investimentos a comentar em nota de análise política a clientes que a desorganização da base aliada do presidente Michel Temer para conduzir os trabalhos "causou estranheza", uma vez que o governo tem falado em dar prioridade à privatização da elétrica.

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