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Com Arábia Saudita, 5 impõem barreiras à carne do Brasil

Suspensão ocorre por conta de um caso atípico da doença da vaca louca, apensar do governo afirmar que o país não teve registro da doença em sua forma clássica

Trabalhador corta carne em abatedouro do grupo Marfrig, em Promissao, 500 km a noroeste de São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 10h15.

São Paulo - Desde que o Brasil anunciou o registro de um caso atípico de mal da vaca louca no início do mês, cinco importadores de carne bovina brasileira anunciaram embargos totais ou parciais ao produto do país, gerando preocupações sobre os impactos para as vendas externas do maior exportador global.

A Arábia Saudita se juntou nesta terça-feira aos países que anunciaram suspensão à carne do Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. Na semana passada, Japão, China, África do Sul e Egito haviam suspendido as compras. O Egito anunciou um embargo parcial.

A suspensão ocorre por conta de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como mal da vaca louca. Os embargos ocorrem apesar de o governo brasileiro afirmar que o país não teve registro da doença em sua forma clássica.

Em 7 de dezembro, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve a classificação do Brasil como país de risco "insignificante" para a EEB, confirmando que o Brasil é livre da doença.

"Esta classificação tem sido seguida por importantes países e blocos consumidores", afirmou o frigorífico Minerva nesta terça-feira em nota ao mercado, esclarecendo que as vendas para a Arábia Saudita representaram aproximadamente 2,5 por cento do faturamento bruto da companhia no acumulado do ano.

Na segunda-feira, o Egito informou a suspensão das compras de carne do Paraná, onde o caso não clássico da doença foi registrado em 2010 em uma vaca.


O Egito, diferentemente de Japão, África do Sul e China, é um grande importador, aparecendo entre os cinco maiores. Mas como a restrição egípcia vale apenas para carne paranaense, a medida deve limitar os impactos sobre as vendas do produto brasileiro neste caso.

De janeiro a outubro, a Arábia Saudita importou 31,3 mil toneladas de carne do Brasil, de um total exportado pelo país de 1,02 milhão de toneladas. Em receita, as compras sauditas representaram 143,5 milhões de dólares.

"É um volume que a gente pode dizer ainda pouco expressivo, mas faz fronteira com países que são muito importantes como Irã, Egito, então talvez possa estar criando esse efeito cascata, dominó", disse o analista da Scot Alex Lopes da Silva, ao comentar o embargo saudita.

Paraná

Uma vaca de 13 anos mantida para fins de procriação morreu no Paraná de outras causas em 2010 e nunca desenvolveu a doença. Mas um teste realizado no animal acusou um resultado positivo para o agente causador da doença, uma proteína chamada príon, que pode ocorrer espontaneamente em bovinos mais velhos.

Nesta condição, os animais são classificados como tendo "EEB atípica".

No caso do embargo egípcio, o Minerva, terceiro exportador de carne bovina do Brasil, avalia que a decisão não afeta os negócios da empresa.

"A Minerva não possui planta no Estado no Paraná e, portanto, não é impactada pela medida adotada pelo governo egípcio", disse a companhia.

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São Paulo - Desde que o Brasil anunciou o registro de um caso atípico de mal da vaca louca no início do mês, cinco importadores de carne bovina brasileira anunciaram embargos totais ou parciais ao produto do país, gerando preocupações sobre os impactos para as vendas externas do maior exportador global.

A Arábia Saudita se juntou nesta terça-feira aos países que anunciaram suspensão à carne do Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. Na semana passada, Japão, China, África do Sul e Egito haviam suspendido as compras. O Egito anunciou um embargo parcial.

A suspensão ocorre por conta de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como mal da vaca louca. Os embargos ocorrem apesar de o governo brasileiro afirmar que o país não teve registro da doença em sua forma clássica.

Em 7 de dezembro, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve a classificação do Brasil como país de risco "insignificante" para a EEB, confirmando que o Brasil é livre da doença.

"Esta classificação tem sido seguida por importantes países e blocos consumidores", afirmou o frigorífico Minerva nesta terça-feira em nota ao mercado, esclarecendo que as vendas para a Arábia Saudita representaram aproximadamente 2,5 por cento do faturamento bruto da companhia no acumulado do ano.

Na segunda-feira, o Egito informou a suspensão das compras de carne do Paraná, onde o caso não clássico da doença foi registrado em 2010 em uma vaca.


O Egito, diferentemente de Japão, África do Sul e China, é um grande importador, aparecendo entre os cinco maiores. Mas como a restrição egípcia vale apenas para carne paranaense, a medida deve limitar os impactos sobre as vendas do produto brasileiro neste caso.

De janeiro a outubro, a Arábia Saudita importou 31,3 mil toneladas de carne do Brasil, de um total exportado pelo país de 1,02 milhão de toneladas. Em receita, as compras sauditas representaram 143,5 milhões de dólares.

"É um volume que a gente pode dizer ainda pouco expressivo, mas faz fronteira com países que são muito importantes como Irã, Egito, então talvez possa estar criando esse efeito cascata, dominó", disse o analista da Scot Alex Lopes da Silva, ao comentar o embargo saudita.

Paraná

Uma vaca de 13 anos mantida para fins de procriação morreu no Paraná de outras causas em 2010 e nunca desenvolveu a doença. Mas um teste realizado no animal acusou um resultado positivo para o agente causador da doença, uma proteína chamada príon, que pode ocorrer espontaneamente em bovinos mais velhos.

Nesta condição, os animais são classificados como tendo "EEB atípica".

No caso do embargo egípcio, o Minerva, terceiro exportador de carne bovina do Brasil, avalia que a decisão não afeta os negócios da empresa.

"A Minerva não possui planta no Estado no Paraná e, portanto, não é impactada pela medida adotada pelo governo egípcio", disse a companhia.

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