CNI vê crescimento do PIB em 4% em 2013; alta para 2012 cai
Medidas do governo devem induzir crescimento mais acelerado no ano que vem, afirmou a entidade
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 18h11.
Brasília - A economia deve crescer 4 por cento e a indústria 4,1 por cento em 2013, informou nesta segunda-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com isso, o ritmo em relação a este ano seria acelerado de maneira significativa --a CNI reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 de 1,5 para 0,9 por cento, enquanto que para o PIB industrial a aposta é de contração de 0,6 por cento no período, contra zero na estimativa anterior.
Sobre a Selic, a entidade calcula que a taxa fechará 2013 em 7,25 por cento ao ano.
O presidente da CNI, Robson Andrade, disse que o crescimento será mais vigoroso no próximo ano em resposta às medidas do governo, como desonerações da folha de pagamento, o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o programa de desoneração de exportações, conhecido como Reintegra.
"As medidas do governo devem aumentar a confiança do empresário e empresário mais confiante vai terminar tendo decisão favorável ao investimento. E o crescimento retornará mais forte", afirmou Andrade em entrevista coletiva.
Ele ressaltou, no entanto, que os efeitos dessas ações não são rápidos, e que, por isso, há um atraso na retomada dos investimentos.
"A decisão do empresário de investir não é imediata, leva quatro, cinco, seis meses. E os investimentos são responsáveis por um crescimento sustentado e de longo prazo. O crescimento não se sustenta só com consumo", acrescentou o presidente da CNI.
Parte da expansão mais vigorosa em 2013, na visão da entidade, vai ser atribuída ao crescimento dos investimentos e do consumo.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), depois de registrar contração de 4,5 por cento este ano, deve subir 7 por cento em 2013, ainda de acordo com a CNI. Já o consumo das famílias deve sair de uma alta de 3,1 por cento para expansão de 3,8 por cento no período.
A aceleração do crescimento no ano que vem prevista pela CNI está em linha com o discurso do governo.
Este ano, a economia brasileira deve ter crescimento abaixo do esperado pelo governo e pelo mercado financeiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expansão no terceiro trimestre ante o segundo foi de 0,6 por cento, limitada pelo setor de serviços, apesar da recuperação na indústria, que avançou 1,1 por cento.
CENÁRIO ALTERNATIVO
O sinal de recuperação da indústria deve ser visto também no setor exportador em 2013. A CNI prevê que as vendas externas vão ficar em 244,6 bilhões de dólares este ano e em 258,3 bilhões de dólares no próximo. Já as importações devem ficar em 224,9 bilhões de dólares este ano e chegar a 240,2 bilhões de dólares no ano seguinte.
Mas diante de maiores complexidades para a economia, a confederação elaborou um cenário alternativo com as medidas de estímulo tendo efeitos parciais, sem elevar de maneira substantiva a competitividade da indústria.
Nesse cenário, o PIB cresceria 3 por cento e a formação bruta de capital fixo apenas 0,7 por cento. Por isso, a CNI defendeu a prorrogação do PSI e do Reintegra, que deverão ter seus prazos estendidos até dezembro de 2013.
Andrade cobrou ainda a elevação do percentual que os exportadores têm de devolução da receita exportada, atualmente de 3 por cento, para 5 por cento.
Brasília - A economia deve crescer 4 por cento e a indústria 4,1 por cento em 2013, informou nesta segunda-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com isso, o ritmo em relação a este ano seria acelerado de maneira significativa --a CNI reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 de 1,5 para 0,9 por cento, enquanto que para o PIB industrial a aposta é de contração de 0,6 por cento no período, contra zero na estimativa anterior.
Sobre a Selic, a entidade calcula que a taxa fechará 2013 em 7,25 por cento ao ano.
O presidente da CNI, Robson Andrade, disse que o crescimento será mais vigoroso no próximo ano em resposta às medidas do governo, como desonerações da folha de pagamento, o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o programa de desoneração de exportações, conhecido como Reintegra.
"As medidas do governo devem aumentar a confiança do empresário e empresário mais confiante vai terminar tendo decisão favorável ao investimento. E o crescimento retornará mais forte", afirmou Andrade em entrevista coletiva.
Ele ressaltou, no entanto, que os efeitos dessas ações não são rápidos, e que, por isso, há um atraso na retomada dos investimentos.
"A decisão do empresário de investir não é imediata, leva quatro, cinco, seis meses. E os investimentos são responsáveis por um crescimento sustentado e de longo prazo. O crescimento não se sustenta só com consumo", acrescentou o presidente da CNI.
Parte da expansão mais vigorosa em 2013, na visão da entidade, vai ser atribuída ao crescimento dos investimentos e do consumo.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), depois de registrar contração de 4,5 por cento este ano, deve subir 7 por cento em 2013, ainda de acordo com a CNI. Já o consumo das famílias deve sair de uma alta de 3,1 por cento para expansão de 3,8 por cento no período.
A aceleração do crescimento no ano que vem prevista pela CNI está em linha com o discurso do governo.
Este ano, a economia brasileira deve ter crescimento abaixo do esperado pelo governo e pelo mercado financeiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expansão no terceiro trimestre ante o segundo foi de 0,6 por cento, limitada pelo setor de serviços, apesar da recuperação na indústria, que avançou 1,1 por cento.
CENÁRIO ALTERNATIVO
O sinal de recuperação da indústria deve ser visto também no setor exportador em 2013. A CNI prevê que as vendas externas vão ficar em 244,6 bilhões de dólares este ano e em 258,3 bilhões de dólares no próximo. Já as importações devem ficar em 224,9 bilhões de dólares este ano e chegar a 240,2 bilhões de dólares no ano seguinte.
Mas diante de maiores complexidades para a economia, a confederação elaborou um cenário alternativo com as medidas de estímulo tendo efeitos parciais, sem elevar de maneira substantiva a competitividade da indústria.
Nesse cenário, o PIB cresceria 3 por cento e a formação bruta de capital fixo apenas 0,7 por cento. Por isso, a CNI defendeu a prorrogação do PSI e do Reintegra, que deverão ter seus prazos estendidos até dezembro de 2013.
Andrade cobrou ainda a elevação do percentual que os exportadores têm de devolução da receita exportada, atualmente de 3 por cento, para 5 por cento.