Economia

CNI reduz para 1,8% projeção de crescimento do PIB em 2014

Sobre a Selic, a entidade calcula que a taxa fechará este ano em 11,25% ao ano


	Dinheiro: entidade também projeta a inflação em 6,4 por cento, 0,4 ponto percentual a mais do que o estimado anteriormente
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: entidade também projeta a inflação em 6,4 por cento, 0,4 ponto percentual a mais do que o estimado anteriormente (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 11h49.

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano para 1,8 por cento, ante 2,1 por cento, em meio a uma previsão de baixa expansão do investimento, fraco superávit comercial, inflação elevada e deterioração das contas públicas.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, a entidade prevê que o PIB industrial aumentará 1,7 por cento em 2014, ante 2 por cento previstos anteriormente. Sobre a Selic, a entidade calcula que a taxa fechará este ano em 11,25 por cento ao ano, ante estimativa anterior de 10,5 por cento.

A entidade também projeta a inflação em 6,4 por cento, 0,4 ponto percentual a mais do que o estimado anteriormente. A piora das estimativas deu-se com base na dificuldade da economia brasileira em crescer a um ritmo mais forte, custo de vida elevado, baixa expansão dos investimentos, moderação do consumo das famílias e efeitos na atividade do aperto dos juros para o controle da inflação.

No cálculo para o setor industrial, a entidade levou em conta a performance mais animadora dos indicadores neste início do ano, mas ainda assim as incertezas relacionadas à atividade em geral determinaram a redução da perspectiva.

No dado mais recente da CNI, o uso da capacidade instalada subiu para 82,6 por cento em fevereiro, com alta de 6 por cento do faturamento no dado dessazonalizado.

No front externo, a CNI destaca a dificuldade das exportações brasileiras, principalmente a dos produtos manufaturados.

Para as operações de comércio exterior, a entidade calcula exportações de 240 bilhões de dólares e importações de 238,5 bilhões de dólares, resultando no fraco superávit comercial de 1,5 bilhão de dólares. Essas operações levaram em conta uma taxa nominal média de câmbio de 2,35 reais por dólar, estável frente à cotação calculada anteriormente.

Nas contas públicas, a indicação é de deterioração dos indicadores, com previsão de superávit primário de 1,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), maior que o de 1,4 por cento projetado anteriormente, mas abaixo da meta do governo de 1,9 por cento do PIB, correpondente à meta nominal de 99 bilhões de reais.

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