Temer: entre essas propostas estão a renovação de frota, mais crédito para empresas e crédito para renegociação de dívidas (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2016 às 20h11.
Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta quarta-feira, 27, que apresentou 38 propostas ao vice-presidente da República, Michel Temer.
O encontro ocorreu durante a tarde desta quarta-feira e contou com a participação das Confederações da Agricultura (CNA), das Cooperativas (CNCoop), de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida (CNSeg) e de Saúde (CNS).
"As medidas que apresentamos é para que a indústria possa voltar a crescer. Para cada segmento, temos propostas bastante consistentes", afirmou.
Segundo Andrade, entre essas propostas estão a renovação de frota, mais crédito para empresas e crédito para renegociação de dívidas. Ele, no entanto, frisou que não pediu subsídio para financiamentos ou desonerações como estímulo para a indústria.
"Nos últimos anos, as empresas acumularam passivos importantes. As empresas precisam desse fôlego para que possam voltar a investir no Brasil. Não falamos em subsídio, essa questão precisa ser discutida com mais cuidado", observou.
Ele relatou ainda que, na questão trabalhista, é preciso debater a terceirização e a segurança jurídica nos acordos. "Só essas duas questões já resolveriam grandes problemas na Justiça trabalhista", afirmou.
O presidente da CNI ainda afirmou que o País precisa de previsibilidade cambial e disse que pediu isso a Temer. Segundo ele, a proposta é de um política cambial estável para que o setor possa exportar com tranquilidade.
Ele refutou, porém, a possibilidade de controle cambial. "Existem políticas do BC que podem fazer com que o câmbio seja mais previsível. Não estou dizendo que o câmbio tenha de ser R$ 4,00 ou R$ 3,50, mas precisamos de previsibilidade", disse.
Andrade ainda fez críticas às centrais sindicais e disse acreditar que elas não representam mais os trabalhadores.
Para ele, os sindicatos precisam dar sua cota de sacrifício para que a situação do País melhore. "Hoje eles não representam os trabalhadores. Enquanto os trabalhadores perdem emprego, as centrais querem manter as benesses que têm", criticou.