Economia

CMN será composto por Guedes, presidente do BC e secretário de Fazenda

Mudança foi colocada em prática após a fusão implementada por Bolsonaro nos ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria

Paulo Guedes, ministro da Fazenda de Bolsonaro: antes da mudança, integravam o CMN os ministros da Fazenda, do Planejamento e o presidente do BC. (Adriano Machado/Reuters)

Paulo Guedes, ministro da Fazenda de Bolsonaro: antes da mudança, integravam o CMN os ministros da Fazenda, do Planejamento e o presidente do BC. (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 10h13.

BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) do novo governo será composto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo presidente do Banco Central e pelo secretário especial de Fazenda, numa mudança colocada em prática após a fusão implementada por Jair Bolsonaro nos ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Antes, integravam o CMN os ministros da Fazenda, do Planejamento e o presidente do BC. O colegiado é responsável pela definição de diretrizes gerais para o funcionamento do sistema financeiro nacional, coordenando as políticas monetária, de crédito, de orçamento e da dívida pública.

Com a alteração, publicada em edição especial do Diário Oficial, o órgão passará, na prática, a contar com integrantes em diferentes graus hierárquicos.

Com o novo desenho da Esplanada, o presidente do BC terá status de ministro até que seja aprovada no Congresso a autonomia formal da autoridade monetária. Ilan Goldfajn, que está no posto, será substituído pelo indicado de Bolsonaro, Roberto Campos, nome que ainda deve ser submetido à aprovação do Senado.

Já o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, responde diretamente a Guedes. Antes, Rodrigues atuou como coordenador-geral da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda do governo de Michel Temer. Ele é concursado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e consultor do Senado Federal na área de Política Econômica.

Em outra MP, Bolsonaro também formalizou a estrutura do Ministério da Economia, que contará com sete secretários especiais no segundo escalão: de Fazenda; da Receita Federal (Marcos Cintra); de Previdência e Trabalho (Rogério Marinho); de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Marcos Troyjo); de Desestatização e Desinvestimento (Salim Mattar); de Produtividade, Emprego e Competitividade (Carlos da Costa); e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital (Paulo Uebel).

Especificamente sobre a secretaria especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, a assessoria de Guedes informou nesta quarta-feira que Troyjo confirmou os nomes de Yana Dumaresq para o cargo de secretária especial adjunta, Lucas Ferraz para a secretaria de Comércio Exterior (Secex), Erivaldo Alfredo Gomes para a secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais e Marcos Degaut para a secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

(Por Marcela Ayres)

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