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Classe média americana já não é mais rica do mundo, diz NYT

Má notícia para o sonho americano: de acordo com dados analisados pelo New York Times, classe média dos EUA perdeu o posto de mais afluente do mundo

Casa típica da classe média americana: a lenta decadência de um ícone (Scott Olson/Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 23 de abril de 2014 às 18h39.

São Paulo - A classe média americana foi, na segunda metade do século passado, o símbolo da força da economia do país. Não mais.

De acordo com uma nova análise realizada pelo blog Upshot do New York Times, a renda dos segmentos médios da população dos Estados Unidos foi ultrapassada pela do Canadá .

Foi usado o critério da renda mediana, que mede quanto ganha, após pagar impostos, uma pessoa que está exatamente na metade da pirâmide da população.

A renda mediana dos EUA foi de US$ 18.700 anuais em 2010 - um aumento de 20% desde 1980, mas praticamente o mesmo valor de 2000 (descontada a inflação).

No Canadá, a renda mediana subiu 20% só desde 2000 e atingiu os mesmos US$ 18.700 em 2010 - e os números mais recentes indicam que desde então, ela cresceu mais do que a dos seus vizinhos do sul.

Em países europeus, a renda mediana ainda fica abaixo da dos americanos, mas a diferença é cada vez menor. Enquanto isso, os pobres americanos já ganham menos do que os pobres europeus de vários países.

Os Estados Unidos continuam a ser a maior economia do mundo, assim como o país grande com PIB per capita mais alto. O crescimento também supera, na maior parte das vezes, o de seus colegas desenvolvidos.

A diferença é que com o aumento da desigualdade nas últimas décadas, os ganhos econômicos tem fluido majoritariamente para a camada mais rica da população.

Os dados utilizados pelo New York Times são do LIS, grupo que mantém o Luxembourg Income Study Database, banco de dados com estatísticas sobre renda de vários países ajustadas para permitir a comparação internacional.

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Foi usado o critério da renda mediana, que mede quanto ganha, após pagar impostos, uma pessoa que está exatamente na metade da pirâmide da população.

A renda mediana dos EUA foi de US$ 18.700 anuais em 2010 - um aumento de 20% desde 1980, mas praticamente o mesmo valor de 2000 (descontada a inflação).

No Canadá, a renda mediana subiu 20% só desde 2000 e atingiu os mesmos US$ 18.700 em 2010 - e os números mais recentes indicam que desde então, ela cresceu mais do que a dos seus vizinhos do sul.

Em países europeus, a renda mediana ainda fica abaixo da dos americanos, mas a diferença é cada vez menor. Enquanto isso, os pobres americanos já ganham menos do que os pobres europeus de vários países.

Os Estados Unidos continuam a ser a maior economia do mundo, assim como o país grande com PIB per capita mais alto. O crescimento também supera, na maior parte das vezes, o de seus colegas desenvolvidos.

A diferença é que com o aumento da desigualdade nas últimas décadas, os ganhos econômicos tem fluido majoritariamente para a camada mais rica da população.

Os dados utilizados pelo New York Times são do LIS, grupo que mantém o Luxembourg Income Study Database, banco de dados com estatísticas sobre renda de vários países ajustadas para permitir a comparação internacional.

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