Classe C e perspectiva de vida sobem vendas de medicamentos
“O cidadão, com mais renda, vai ao consumo, principalmente dessas classes D e E, que até então eram mais baixas", disse Geraldo Monteiro, diretor executivo da Abradilan
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2013 às 19h32.
Rio de Janeiro - As vendas de medicamentos no Brasil deverão crescer, em média, entre 15% e 20% este ano sobre a receita de R$ 49,6 bilhões registrada no ano passado, disse hoje (20) à Agência Brasil o diretor executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan), Geraldo Monteiro. Ele participou da abertura da 9ª Feira Abradilan Farma & HPC (higiene, perfumaria e cosméticos), no Riocentro. O aumento das vendas em relação a 2011 alcançou 15,8%.
Monteiro destacou que a ascensão das classes sociais D e E à classe C e a elevação da renda do trabalhador brasileiro foram fatores que impulsionaram o setor. “Com certeza absoluta. O cidadão, com mais renda, vai ao consumo, principalmente dessas classes D e E, que até então eram mais baixas. Isso tem contribuído bastante para o consumo”. Segundo ele, essa fatia da população passou a investir mais em saúde. “E por conta disso, os medicamentos também estão dentro dos produtos ligados à saúde”.
A maior perspectiva de vida do brasileiro é outro fator, de acordo com Monteiro, que sinaliza para a ampliação das vendas. “A população, com perspectiva de vida cada vez maior, certamente vai investir mais na prevenção. E os medicamentos, que todo mundo imagina que seriam só para a cura [de doenças] podem ser usados também na prevenção”.
A projeção do mercado de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, acima da taxa de 0,9% registrada em 2012, aponta também para o crescimento das vendas de remédios, disse o diretor executivo da Abradilan. “Vai contribuir, sim, com certeza, uma vez que quando há perspectiva de aumento do PIB, há mais perspectiva de emprego, de renda. Tudo isso, de uma maneira ou de outra, vai refletir no consumo. E os medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos, estão dentro do perfil de consumo do cidadão”.
A carga tributária é, segundo Geraldo Monteiro, o principal entrave para um maior desenvolvimento do setor, porque acaba refletindo nos custos que são repassados ao consumidor. Ele reivindicou do governo a diminuição da carga tributária que incide sobre o setor de medicamentos, hoje da ordem de 33,9%.
Além disso, o setor paga obrigações acessórias, que representam 1,8% do faturamento das empresas com ganhos até R$ 100 milhões, informou o diretor. “A redução da carga é benéfica não só para o setor, mas para a sociedade, porque cada vez que a carga tributária é reduzida, isso vai refletir direto no preço final do produto. Isso beneficia o consumidor”, completou.
A 9ª Feira Abradilan Farma & HPC vai até sexta-feira (22). Os organizadores estimam que entre 20 mil e 25 mil pessoas passem pelo Riocentro. Eles deverão movimentar entre R$ 250 milhões e R$ 270 milhões em negócios. A feira da Abradilan é considerada o mais importante evento do segmento farmacêutico do Brasil.
Rio de Janeiro - As vendas de medicamentos no Brasil deverão crescer, em média, entre 15% e 20% este ano sobre a receita de R$ 49,6 bilhões registrada no ano passado, disse hoje (20) à Agência Brasil o diretor executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan), Geraldo Monteiro. Ele participou da abertura da 9ª Feira Abradilan Farma & HPC (higiene, perfumaria e cosméticos), no Riocentro. O aumento das vendas em relação a 2011 alcançou 15,8%.
Monteiro destacou que a ascensão das classes sociais D e E à classe C e a elevação da renda do trabalhador brasileiro foram fatores que impulsionaram o setor. “Com certeza absoluta. O cidadão, com mais renda, vai ao consumo, principalmente dessas classes D e E, que até então eram mais baixas. Isso tem contribuído bastante para o consumo”. Segundo ele, essa fatia da população passou a investir mais em saúde. “E por conta disso, os medicamentos também estão dentro dos produtos ligados à saúde”.
A maior perspectiva de vida do brasileiro é outro fator, de acordo com Monteiro, que sinaliza para a ampliação das vendas. “A população, com perspectiva de vida cada vez maior, certamente vai investir mais na prevenção. E os medicamentos, que todo mundo imagina que seriam só para a cura [de doenças] podem ser usados também na prevenção”.
A projeção do mercado de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, acima da taxa de 0,9% registrada em 2012, aponta também para o crescimento das vendas de remédios, disse o diretor executivo da Abradilan. “Vai contribuir, sim, com certeza, uma vez que quando há perspectiva de aumento do PIB, há mais perspectiva de emprego, de renda. Tudo isso, de uma maneira ou de outra, vai refletir no consumo. E os medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos, estão dentro do perfil de consumo do cidadão”.
A carga tributária é, segundo Geraldo Monteiro, o principal entrave para um maior desenvolvimento do setor, porque acaba refletindo nos custos que são repassados ao consumidor. Ele reivindicou do governo a diminuição da carga tributária que incide sobre o setor de medicamentos, hoje da ordem de 33,9%.
Além disso, o setor paga obrigações acessórias, que representam 1,8% do faturamento das empresas com ganhos até R$ 100 milhões, informou o diretor. “A redução da carga é benéfica não só para o setor, mas para a sociedade, porque cada vez que a carga tributária é reduzida, isso vai refletir direto no preço final do produto. Isso beneficia o consumidor”, completou.
A 9ª Feira Abradilan Farma & HPC vai até sexta-feira (22). Os organizadores estimam que entre 20 mil e 25 mil pessoas passem pelo Riocentro. Eles deverão movimentar entre R$ 250 milhões e R$ 270 milhões em negócios. A feira da Abradilan é considerada o mais importante evento do segmento farmacêutico do Brasil.