Economia

Chuvas dão prejuízo de R$ 203 milhões ao comércio do Sudeste, diz CNC

Maior rombo foi em SP, onde perda de mercadorias, ausência de consumidores e fechamento de estabelecimentos inviabilizaram R$ 122 mi em vendas

Enchentes: estados do Sudeste sofreram com alto volume de chuvas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Enchentes: estados do Sudeste sofreram com alto volume de chuvas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às 17h57.

Os temporais que alagaram as ruas de diferentes cidades do Sudeste em fevereiro provocaram um prejuízo de R$ 203 milhões para o varejo na região, segundo um estudo produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Mais da metade do rombo foi concentrado no Estado de São Paulo, onde a perda de mercadorias, a ausência de consumidores e o fechamento de estabelecimentos inviabilizaram R$ 122,9 milhões em vendas.

As tempestades provocaram ainda uma perda de R$ 46,4 milhões no comércio do Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, o varejo local deixou de faturar R$ 34,2 milhões.

De acordo com a CNC, as chuvas fortes afetam o comércio por prejudicarem tanto o acesso dos clientes quanto o funcionamento dos estabelecimentos.

"São dois fatores aí. As perdas de mercadorias e queda na circulação por conta dos alagamentos", explicou Fabio Bentes, o economista responsável pelo estudo.

O prejuízo corresponde a um mês de crescimento perdido, disse o economista.

Ele cruzou as informações das séries pluviométricas com as vendas do varejo em meses atipicamente chuvosos.

A perda corresponde a cerca de 0,5% do faturamento do varejo no período, que foi a taxa média de crescimento das vendas nos últimos sete meses, explicou Fabio Bentes.

A CNC aponta que a capital paulista foi a cidade do Sudeste com maior volume de chuvas em fevereiro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), com precipitação 41% acima da média de chuva para o mês.

Na cidade do Rio, 24 dos 33 pontos monitorados pela Prefeitura acumularam mais de 200 milímetros de chuva nos dias observados. Em Belo Horizonte, o mês de fevereiro foi o mais chuvoso em 16 anos.

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