Economia

CHS começa a exportar soja pelo Maranhão a partir de junho

Multinacional norte-americana deve começar a operar seu terminal no porto de Itaqui ainda neste ano, inaugurando mais um canal para suas exportações


	Porto de Itaqui, no Maranhão: exportações de soja devem atingir 2,2 milhões de toneladas no Brasil em 2014
 (Divulgação/Divulgação)

Porto de Itaqui, no Maranhão: exportações de soja devem atingir 2,2 milhões de toneladas no Brasil em 2014 (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 15h56.

São Paulo - A multinacional norte-americana CHS deve começar a operar seu terminal no porto de Itaqui, em São Luís (MA), em junho ou julho deste ano, inaugurando mais um canal para suas exportações de soja, que devem atingir 2,2 milhões de toneladas no Brasil em 2014, disse o principal executivo da empresa na América Latina.

O volume que a CHS espera escoar por Itaqui ainda no segundo semestre deste ano é de 250 mil toneladas --a maior parte das exportações ocorrerá por portos do Sul/Sudeste.

"Uma parte da produção de soja existente tende a subir (para o norte do país), e mais terras no Norte tendem a se desenvolver. Lá é onde mais enxergo crescimento de mercado, em porcentagem", disse Stefano Rettore, presidente-executivo da CHS no Brasil e responsável pelas operações sul-americanas da companhia.

A empresa tem 25 por cento de participação no complexo Terminal Corredor Norte (TCN), em fase final de construção no litoral maranhense.

Para 2015, com um ano inteiro de operação, a empresa espera escoar 500 mil toneladas pelo Maranhão, de um total de 2 milhões de capacidade do projeto em sua fase inicial.

A CHS é uma cooperativa de produtores rurais norte-americanos que há pouco mais de uma década decidiu apostar na presença em outros mercados, como a América Latina e o leste europeu, para garantir um suprimento mais amplos para seus clientes.


"É uma flexibilidade que a gente proporciona ao cliente. Queremos oferecer um portfolio de produtos e geografias (origens) o ano inteiro", disse Rettore a jornalistas após uma palestra na Universidade de São Paulo.

Para isso, a CHS espera duplicar o volume de produtos movimentados na América Latina até 2017, incluindo a soja originada no Brasil, com investimentos em logística e armazenagem.

Uma das iniciativas é uma unidade de recebimento de grãos no Piauí, para abastecer os embarques no porto de Itaqui.

Etanol

A CHS planeja investimentos em comercialização de etanol no Brasil, em adição aos negócios que já realiza com soja, milho e fertilizantes, disse Rettore.

"Também estudamos investimentos em etanol. Não seremos processadores. Nosso foco no etanol é comercializador, que é a mesma coisa que somos nos Estados Unidos. Queremos vender no mercado doméstico ou exportar", afirmou o executivo, que evitou detalhar prazos e volumes de investimento.

"Nosso programa de etanol está arrancando agora, ainda é muito incipiente", ressaltou.

A CHS é, por exemplo, uma das maiores fornecedoras dos Estados Unidos de gasolina com adição de etanol e a principal de etanol do tipo E85 naquele país.

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