Economia

Chipre conclui negociações para condições do resgate

O acordo contempla um prazo de amortização para os 10 bilhões de euros do resgate de 22 anos com juros de 2,5%


	Estudantes protestam contra troika no Chipre: segundo o governo, "trata-se de um importante passo, com o qual se fecha um longo período de insegurança"
 (Yannis Behrakis/Reuters)

Estudantes protestam contra troika no Chipre: segundo o governo, "trata-se de um importante passo, com o qual se fecha um longo período de insegurança" (Yannis Behrakis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 12h39.

Nicósia - O governo do Chipre concluiu nesta terça-feira as negociações com a troika sobre as condições que acompanharão o resgate financeiro de 10 bilhões de euros concedidos ao país.

"Hoje concluiu a elaboração do memorando que é requisito para o resgate financeiro. Trata-se de um importante passo, com o qual se fecha um longo período de insegurança", anunciou o porta-voz do governo, Jristos Stylianidis.

O acordo contempla um prazo de amortização para os 10 bilhões de euros do resgate de 22 anos com juros de 2,5%. O memorando estipulado estabelece que o Chipre terá até 2018 para completar seu programa de ajuste fiscal, dois anos a mais do que o previsto inicialmente.

Com esta ampliação sobre o calendário previsto inicialmente pela troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), a adaptação ficará mais fácil e as medidas serão aplicadas ao longo de cinco anos ao invés de três, o que diminuirá a pressão, disse Stylianidis.

Além disso, o calendário de privatizações de empresas públicas e semipúblicas também foi ampliado por mais dois anos, até 2018.

"A conclusão do acordo com a troika deveria ter ocorrido muito antes, em condições políticas e econômicas muito melhores. Apesar do atraso, a situação a partir de agora se normalizará e se criará o entorno necessário para impulsionar a economia", assegurou Stylianidis.

O porta-voz lembrou que o novo governo está há pouco mais de um mês no poder e que herdou a atual situação econômica e um "acordo preliminar com muitos compromissos que não permitia espaço para negociações".

*Matéria atualizada às 12h39

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