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China rejeita proposta do Brasil de lidar com câmbio na OMC

Pequim foi o primeiro e o mais claro opositor a uma proposta que também foi rejeitada por Chile e Suíça, entre outros membros da Organização Mundial do Comércio

Bandeira da China: "A OMC não é o fórum correto para discutir esses temas", afirmou Pequim (Barry Huang/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 13h56.

Genebra - Maior exportadora mundial de mercadorias, a China rejeitou nesta segunda-feira categoricamente a proposta brasileira de impor medidas comerciais para enfrentar os desequilíbrios cambiais.

Pequim foi o primeiro e o mais claro opositor a uma proposta que também foi rejeitada por Chile e Suíça, entre outros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), que hoje debateram pela quarta vez sobre a influência que a oscilação cambial exerce nas trocas comerciais.

Na reunião de hoje do Grupo de Trabalho sobre Comércio, Dívida e Finanças da OMC, foi debatido um documento no qual se denuncia que a desvalorização artificial de divisas como o dólar, o euro ou o iuane provocam a valorização da moeda brasileira, o real, e portanto prejudicam suas exportações.

"O Brasil não é a única vítima da volatilidade das moedas", sentenciou a China, admitindo o problema, mas rejeitando plenamente que este deva ser resolvido na OMC.

"A OMC não é o fórum correto para discutir esses temas", afirmou Pequim.

Segundo a organização, "seria ainda mais errôneo tentar regulá-lo aplicando medidas comerciais. Um aumento das tarifas ou a imposição de medidas de compensação não teria nenhum efeito positivo e seria um problema para várias normas básicas da OMC".


O governo brasileiro havia dito que não estava propondo nenhuma receita para criar o mecanismo que permita estabelecer quando um país poderia adotar medidas tarifárias por causa do impacto dos desequilíbrios cambiais, mas só pretendia incluir a discussão na agenda do órgão que rege o comércio mundial.

No entanto, como o Brasil tinha antes cogitado a possibilidade de aplicação de medidas compensatórias, vários dos participantes foram claros e categóricos.

"As restrições ao comércio e as medidas compensatórias não são a resposta adequada aos problemas ligados à volatilidade das taxas de câmbio", afirmou o governo suíço.

"O tipo de medidas descritas no documento poderiam gerar uma volatilidade ainda maior na taxa de câmbio. Isso em razão de possíveis distorções no equilíbrio do mercado e um maior grau de incerteza, tudo seria percebido de maneira negativa pelos investidores estrangeiros", concluiu o Chile.

O debate começou em abril de 2011 e foi retomado em março deste ano em um seminário a portas fechadas realizado na OMC a pedido do Brasil, no qual os países-membros chegaram à conclusão de que esta organização não dispõe dos mecanismos adequados para fazer frente às oscilações das divisas.

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Genebra - Maior exportadora mundial de mercadorias, a China rejeitou nesta segunda-feira categoricamente a proposta brasileira de impor medidas comerciais para enfrentar os desequilíbrios cambiais.

Pequim foi o primeiro e o mais claro opositor a uma proposta que também foi rejeitada por Chile e Suíça, entre outros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), que hoje debateram pela quarta vez sobre a influência que a oscilação cambial exerce nas trocas comerciais.

Na reunião de hoje do Grupo de Trabalho sobre Comércio, Dívida e Finanças da OMC, foi debatido um documento no qual se denuncia que a desvalorização artificial de divisas como o dólar, o euro ou o iuane provocam a valorização da moeda brasileira, o real, e portanto prejudicam suas exportações.

"O Brasil não é a única vítima da volatilidade das moedas", sentenciou a China, admitindo o problema, mas rejeitando plenamente que este deva ser resolvido na OMC.

"A OMC não é o fórum correto para discutir esses temas", afirmou Pequim.

Segundo a organização, "seria ainda mais errôneo tentar regulá-lo aplicando medidas comerciais. Um aumento das tarifas ou a imposição de medidas de compensação não teria nenhum efeito positivo e seria um problema para várias normas básicas da OMC".


O governo brasileiro havia dito que não estava propondo nenhuma receita para criar o mecanismo que permita estabelecer quando um país poderia adotar medidas tarifárias por causa do impacto dos desequilíbrios cambiais, mas só pretendia incluir a discussão na agenda do órgão que rege o comércio mundial.

No entanto, como o Brasil tinha antes cogitado a possibilidade de aplicação de medidas compensatórias, vários dos participantes foram claros e categóricos.

"As restrições ao comércio e as medidas compensatórias não são a resposta adequada aos problemas ligados à volatilidade das taxas de câmbio", afirmou o governo suíço.

"O tipo de medidas descritas no documento poderiam gerar uma volatilidade ainda maior na taxa de câmbio. Isso em razão de possíveis distorções no equilíbrio do mercado e um maior grau de incerteza, tudo seria percebido de maneira negativa pelos investidores estrangeiros", concluiu o Chile.

O debate começou em abril de 2011 e foi retomado em março deste ano em um seminário a portas fechadas realizado na OMC a pedido do Brasil, no qual os países-membros chegaram à conclusão de que esta organização não dispõe dos mecanismos adequados para fazer frente às oscilações das divisas.

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