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China pede cautela em redução de estímulo pelo Fed

Banco central dos EUA tem que avaliar o momento e o ritmo em que reduzirá seu estímulo econômico para evitar prejudicar os mercados emergentes

Zhu Guangyao: "A economia dos Estados Unidos está mostrando alguns sinais positivos e está se recuperando gradualmente, e recebemos isso de um modo positivo" (Andrew Harrer/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 09h33.

Pequim - O Federal Reserve , banco central dos Estados Unidos, tem que avaliar o momento e o ritmo em que reduzirá seu estímulo econômico para evitar prejudicar os mercados emergentes, embora o impacto na China possa ser mais limitado em comparação com outros países, disseram autoridades chinesas nesta terça-feira.

O alerta feito pelo vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, e pelo vice-presidente do banco central, Yi Gang, ocorreu no momento em que economias desde o Brasil até a Indonésia enfrentam dificuldades para lidar com a saída de capital, à medida que as taxas de juros dos Estados Unidos aumentam antes de uma redução esperada do programa de compras de título do Fed que forneceu liquidez ao redor do mundo.

"A economia dos Estados Unidos está mostrando alguns sinais positivos e está se recuperando gradualmente, e recebemos isso de um modo positivo", disse Zhu antes da cúpula de líderes do G20 na Rússia na próxima semana.

"Mas os EUA --o principal emissor de moeda-- tem que avaliar o efeito de contágio de sua política monetária, especialmente a oportunidade e o ritmo da saída de sua política monetária ultrafrouxa", acrescentou.

Além de ser um dos principais mercados emergentes, a China tem uma grande participação na direção da política do Fed como um dos maiores credores dos Estados Unidos. Uma porção substancial de suas reservas internacionais--a maior do mundo em cerca de 3,5 trilhões de dólares-- está investida no governo, em agências ligadas ao governo e na dívida corporativa dos Estados Unidos.

Os mercados financeiros se preocupam com o fato de que o Fed possa decidir reduzir suas compras de títulos mensais quando se reunir em 17 e 18 de setembro. O chairman do Fed, Ben Bernanke, disse em junho que o programa de compra de títulos pode ser encerrado em meados de 2014.


As perspectivas de redução do estímulo do Fed vêm em meio à desaceleração do crescimento econômico da China para o ritmo mais fraco em duas décadas, em parte porque o governo tenta reduzir a dependência das exportações em favor do consumo doméstico.

Zhu disse que a China enfrenta um ambiente econômico difícil interna e externamente, mas que manterá as políticas econômicas estáveis.

A China irá evitar fornecer novos estímulos e Zhu previu que a economia está a caminho de crescer cerca de 7,5 por cento neste ano --em linha com a meta do governo.

Em vez disso, o governo vai acelerar os ajustes estruturais, incluindo os esforços para reduzir o excesso de capacidade da indústria, disse ele.

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Pequim - O Federal Reserve , banco central dos Estados Unidos, tem que avaliar o momento e o ritmo em que reduzirá seu estímulo econômico para evitar prejudicar os mercados emergentes, embora o impacto na China possa ser mais limitado em comparação com outros países, disseram autoridades chinesas nesta terça-feira.

O alerta feito pelo vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, e pelo vice-presidente do banco central, Yi Gang, ocorreu no momento em que economias desde o Brasil até a Indonésia enfrentam dificuldades para lidar com a saída de capital, à medida que as taxas de juros dos Estados Unidos aumentam antes de uma redução esperada do programa de compras de título do Fed que forneceu liquidez ao redor do mundo.

"A economia dos Estados Unidos está mostrando alguns sinais positivos e está se recuperando gradualmente, e recebemos isso de um modo positivo", disse Zhu antes da cúpula de líderes do G20 na Rússia na próxima semana.

"Mas os EUA --o principal emissor de moeda-- tem que avaliar o efeito de contágio de sua política monetária, especialmente a oportunidade e o ritmo da saída de sua política monetária ultrafrouxa", acrescentou.

Além de ser um dos principais mercados emergentes, a China tem uma grande participação na direção da política do Fed como um dos maiores credores dos Estados Unidos. Uma porção substancial de suas reservas internacionais--a maior do mundo em cerca de 3,5 trilhões de dólares-- está investida no governo, em agências ligadas ao governo e na dívida corporativa dos Estados Unidos.

Os mercados financeiros se preocupam com o fato de que o Fed possa decidir reduzir suas compras de títulos mensais quando se reunir em 17 e 18 de setembro. O chairman do Fed, Ben Bernanke, disse em junho que o programa de compra de títulos pode ser encerrado em meados de 2014.


As perspectivas de redução do estímulo do Fed vêm em meio à desaceleração do crescimento econômico da China para o ritmo mais fraco em duas décadas, em parte porque o governo tenta reduzir a dependência das exportações em favor do consumo doméstico.

Zhu disse que a China enfrenta um ambiente econômico difícil interna e externamente, mas que manterá as políticas econômicas estáveis.

A China irá evitar fornecer novos estímulos e Zhu previu que a economia está a caminho de crescer cerca de 7,5 por cento neste ano --em linha com a meta do governo.

Em vez disso, o governo vai acelerar os ajustes estruturais, incluindo os esforços para reduzir o excesso de capacidade da indústria, disse ele.

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