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China impulsiona expansão da energia solar no mundo

Pela primeira vez, a fonte superou o crescimento de todas as outras formas de geração, incluindo o poluente carvão

Solar: dois terços dos empregos fotovoltaicos (2,2 milhões) estão na China. (Kevin Fraye/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 10h49.

Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 15h40.

São Paulo - Chegou a hora da energia solar brilhar. Pela primeira vez, a fonte superou o crescimento de todas as outras formas de geração no ano passado, incluindo o poluente carvão, que liderava em novas instalações. A mudança foi impulsionada pela queda dos preços e pelas políticas governamentais, particularmente na China .

A nova capacidade de geração de energia solar aumentou 50% no ano passado, com o país asiático representando quase metade da expansão global, de acordo com a última análise sobre o mercado de energia renovável divulgada pela Agência Internacional de Energia (AIE).

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Impulsionadas pelo "boom" da energia solar fotovoltaica, as energias renováveis representaram quase dois terços da nova capacidade de geração em todo o mundo no ano passado, com quase 165 gigawatts (GW), de acordo com o relatório Renewables 2017.

Segundo a AIE, as renováveis continuarão em forte crescimento nos próximos anos. Até 2022, a capacidade de energia renovável deve aumentar em 43%.

A expectativa é de um crescimento de 1.000 GW nos próximos cinco anos, o que equivale a cerca de metade da atual capacidade global da geração a carvão, que levou 80 anos para ser construída. Tamanha mudança tem levado os especialistas da área a falar de um "nova era" para a energia.

Líderes mundiais

Três países - China, Índia e Estados Unidos - representarão dois terços da expansão renovável global até 2022. Dentro de cinco anos, a capacidade total de energia solar excederá as capacidades combinadas de energia total da Índia e do Japão.

Apesar das incertezas políticas, os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior mercado de crescimento para as energias renováveis. Os principais estímulos para a energia eólica e solar terrestre - como os incentivos fiscais federais plurianuais e  políticas estaduais para geração solar fotovoltaica distribuída - continuam fortes.

Ainda assim, a incerteza atual sobre propostas de reformas fiscais no país e as políticas energéticas do governo Trump poderiam alterar a atratividade econômica das fontes renováveis e prejudicar seu crescimento nos próximos anos.

Já a Índia se prepara para o boom da energia solar nos próximos cinco anos, associado a uma maior integração da fonte à rede elétrica. Segundo o relatório, o país deve duplicar sua capacidade de geração renovável até 2022,  ultrapassando a expansão do setor na União Europeia pela primeira vez.

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