Economia

China estuda medidas para empresas afetadas com tarifas americanas

Quase 50% das companhias afetadas pela mais recente ação americana são estrangeiras, segundo porta-voz da pasta, Gao Feng

Bandeiras dos EUA e da China: funcionário chinês disse que seu governo está disposto a fechar mais acordos de livre comércio, com outras nações interessadas (Jason Lee/Reuters)

Bandeiras dos EUA e da China: funcionário chinês disse que seu governo está disposto a fechar mais acordos de livre comércio, com outras nações interessadas (Jason Lee/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 08h31.

São Paulo - O Ministério do Comércio da China voltou a lamentar nesta quinta-feira a decisão dos Estados Unidos de impor tarifa sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. Porta-voz da pasta, Gao Feng voltou a pedir "boa vontade" dos americanos, com diálogos e consultas para resolver o "mais breve possível" a disputa comercial. Além disso, informou que Pequim estuda medidas específicas para responder à mais recente tarifa, deixando em aberto que pode haver novas medidas para apoiar empresas prejudicadas pela decisão do governo do presidente americano, Donald Trump. Segundo o funcionário, quase 50% das companhias afetadas pela mais recente ação americana são estrangeiras. "No campo do comércio, tomaremos uma série de medidas para ajudar ativamente as empresas a lidar com as dificuldades e desafios que possam enfrentar", disse o funcionário, sem dar detalhes sobre quais poderiam ser essas medidas.

 

 

Durante entrevista coletiva regular no Ministério do Comércio, o porta-voz afirmou que a China se viu "forçada a retaliar", após as mais recentes tarifas americanas. Ele insistiu, contudo, que o país continua a desejar o livre comércio global. Gao comentou que seu governo está disposto a fechar mais acordos de livre comércio, com outras nações interessadas.

O porta-voz também reafirmou a declaração anterior do premiê Li Keqiang de que o país não usará o câmbio para conseguir uma vantagem na disputa comercial. Segundo o funcionário, a China deseja manter a taxa de câmbio orientada para o mercado, "basicamente estável, em um nível razoável e equilibrado".

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Tarifas

Mais de Economia

Tesouro adia para 15 de janeiro resultado das contas de novembro

Câmara apresenta justificativa sobre emendas e reitera que Câmara seguiu pareceres do governo

Análise: Inflação preocupa e mercado já espera IPCA de 5% em 2025

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra