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China diz que não quer jogar Game of Thrones com os EUA, mas faz alerta

Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China e conselheiro de Estado, disse que Pequim não se curvaria a ameaças, inclusive no comércio

Trump e Xi Jinping: na terça, o presidente dos EUA deu uma mensagem dura para a China e seu presidente (Pool / Equipe/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 08h26.

Nova York — O principal diplomata da China reagiu na terça-feira (25), às críticas dos Estados Unidos ao seu modelo de comércio e desenvolvimento, dizendo que Pequim não tinha intenção de "jogar Game of Thrones no cenário mundial", mas alertou Washington a respeitar sua soberania, inclusive em Hong Kong.

Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China e conselheiro de Estado, disse que Pequim não se curvaria a ameaças, inclusive no comércio, embora espere que uma rodada de negociações comerciais de alto nível no próximo mês produzisse resultados positivos.

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Em um discurso à margem da Assembleia Geral anual das Nações Unidas (ONU) em Nova York — na qual Wang deve falar na sexta-feira —, ele pediu um movimento para afastar o confronto entre as duas maiores economias globais, dizendo que elas deveriam cooperar em benefício mútuo e do resto do mundo.

Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump , deu uma mensagem dura para a China e seu presidente, Xi Jinping, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, dizendo que os Estados Unidos não tolerariam mais as práticas comerciais de Pequim e que ele não aceitaria um "acordo ruim" com a China no comércio.

Ele também alertou que o mundo estava assistindo a como Pequim lida com manifestações em massa em Hong Kong, que aumentaram o medo de uma possível repressão chinesa.

Trump tem tentado pressionar a China a concordar em reduzir barreiras comerciais por meio de uma política de aumento de tarifas sobre produtos chineses.

Ele tem acusado a China do roubo de segredos comerciais "em uma grande escala" e disse que está se aproveitando de regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) que dão a Pequim um tratamento benéfico como uma "economia em desenvolvimento".

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