Economia

China denuncia "ameaças" dos Estados Unidos contra Huawei

Washington acusa empresa de espiar para o governo chinês e tenta convencer países a não utilizarem seus equipamentos

Huawei: Empresa chinesa é a segunda maior fabricante mundial de smartphones (Dado Ruvic/Reuters)

Huawei: Empresa chinesa é a segunda maior fabricante mundial de smartphones (Dado Ruvic/Reuters)

A

AFP

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 15h08.

A China criticou nesta terça-feira as acusações "infundadas" dos Estados Unidos contra a companhia chinesa de telecomunicações Huawei, e as "ameaças" do secretário de Estado Mike Pompeo durante uma viagem à Hungria.

A Huawei é a segunda maior fabricante mundial de smartphones e líder em equipamentos para redes de telecomunicações.

Washington acusa a empresa de espiar para o governo chinês e está tentando convencer o maior número de países, sobretudo ocidentais, para que não utilizem seus equipamentos.

"Há algum tempo, os Estados Unidos não fazem nenhum esforço e inventam sem escrúpulos todo tipo de acusações sem fundamentos", afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Pequim.

"E agora a ponto de ameaçar abertamente e querer provocar dissensos nas relações entre a China e outros países", disse ele em entrevista coletiva.

Pompeo disse nesta segunda-feira na Hungria sobre o acordo entre o governo húngaro e a Huawei para desenvolver a rede de telefonia 5G nos países do Leste Europeu.

"Se um equipamento é implantado onde temos sistemas americanos importantes, para nós é mais difícil colaborar" com esses países, disse ele em referência à empresa chinesa.

Na semana passada, altos funcionários dos EUA visitaram vários países europeus para convencer os governos a desistirem do uso do equipamento 5G da Huawei.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Huawei

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte