China avalia fusões para criar gigantes da siderurgia
Fontes afirmam que a China está estudando uma ampla reformulação de sua indústria siderúrgica que consolidaria grandes produtoras em duas gigantes
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 18h24.
A China está estudando uma ampla reformulação de sua indústria siderúrgica que consolidaria grandes produtoras em duas gigantes, uma delas localizada no norte e a outra no sul do país, segundo pessoas com conhecimento do plano.
A Hebei Iron & Steel Group, maior usina do país em produção, e a Shougang Group serão combinadas na Northern China Steel Group e a produtora número 2, a Shanghai Baosteel Group, e a Wuhan Iron & Steel Group serão unidas na Southern China Steel Group, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque a informação é confidencial. As ações das unidades listadas da Hebei e da Shougang subiram com as notícias.
A Comissão de Administração e Supervisão de Ativos da China, órgão estatal, não respondeu a um pedido de comentário enviado na segunda-feira e um representante da Baosteel Group preferiu não comentar sobre o assunto quando contatado pela Bloomberg.
Os telefonemas para a Hebei, para a assessoria de imprensa da Shougang e para a Wuhan Iron & Steel não foram respondidos.
As possíveis combinações dariam às usinas chinesas a escala para rivalizar com gigantes globais, como a ArcelorMittal, e reforçariam os esforços do governo para reduzir o excesso de capacidade como parte de seu impulso para reformular um setor estatal ineficiente.
As siderúrgicas de menor porte poderiam, posteriormente, ser absorvidas pelos dois novos grupos quando eles estiverem estabelecidos, embora nada tenha sido decidido, segundo as pessoas informadas sobre o plano.
O plano ainda não recebeu aprovação formal, acrescentaram.
"Pouco espaço"
O plano “ajudará a acelerar a eliminação do excesso de capacidade no aço”, disse Helen Lau, analista da Argonaut Securities Asia, de Hong Kong.
“Além disso, aumentará sua competitividade e fortalecerá suas bases de clientes e deixará pouco espaço para usinas menores que não forem competitivas”.
As ações das unidades listadas em bolsa da Hebei e da Shougang tiveram a maior alta em mais de duas semanas.
A Hesteel chegou a subir 2,8 por cento e a Beijing Shougang teve alta de 3,7 por cento.
As unidades listadas da Baosteel e da Wuhan tiveram as negociações suspensas porque suas empresas controladoras estão discutindo uma reestruturação, o que os analistas apontaram como o prenúncio de uma união.
Apesar de a produção de aço da China ter atingido o pico, o mercado doméstico continua saturado, disse Chen Derong, gerente-geral da Baosteel Group, em conferência, em maio.
Enquanto o país busca eliminar seu excedente, as exportações registram níveis recorde, sustentando um excedente global do metal e atraindo críticas de concorrentes de todo o globo.
A capacidade de produção de aço bruto da China atingiu um recorde de 1,2 bilhão de toneladas no fim de 2015, segundo a Associação de Ferro e Aço da China.
O país é o maior produtor mundial de aço e responde por cerca de metade da oferta global da liga, que é usada na construção, em automóveis e eletrodomésticos. O governo prometeu cortar até 150 milhões de toneladas em capacidade até 2020.
A China está estudando uma ampla reformulação de sua indústria siderúrgica que consolidaria grandes produtoras em duas gigantes, uma delas localizada no norte e a outra no sul do país, segundo pessoas com conhecimento do plano.
A Hebei Iron & Steel Group, maior usina do país em produção, e a Shougang Group serão combinadas na Northern China Steel Group e a produtora número 2, a Shanghai Baosteel Group, e a Wuhan Iron & Steel Group serão unidas na Southern China Steel Group, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque a informação é confidencial. As ações das unidades listadas da Hebei e da Shougang subiram com as notícias.
A Comissão de Administração e Supervisão de Ativos da China, órgão estatal, não respondeu a um pedido de comentário enviado na segunda-feira e um representante da Baosteel Group preferiu não comentar sobre o assunto quando contatado pela Bloomberg.
Os telefonemas para a Hebei, para a assessoria de imprensa da Shougang e para a Wuhan Iron & Steel não foram respondidos.
As possíveis combinações dariam às usinas chinesas a escala para rivalizar com gigantes globais, como a ArcelorMittal, e reforçariam os esforços do governo para reduzir o excesso de capacidade como parte de seu impulso para reformular um setor estatal ineficiente.
As siderúrgicas de menor porte poderiam, posteriormente, ser absorvidas pelos dois novos grupos quando eles estiverem estabelecidos, embora nada tenha sido decidido, segundo as pessoas informadas sobre o plano.
O plano ainda não recebeu aprovação formal, acrescentaram.
"Pouco espaço"
O plano “ajudará a acelerar a eliminação do excesso de capacidade no aço”, disse Helen Lau, analista da Argonaut Securities Asia, de Hong Kong.
“Além disso, aumentará sua competitividade e fortalecerá suas bases de clientes e deixará pouco espaço para usinas menores que não forem competitivas”.
As ações das unidades listadas em bolsa da Hebei e da Shougang tiveram a maior alta em mais de duas semanas.
A Hesteel chegou a subir 2,8 por cento e a Beijing Shougang teve alta de 3,7 por cento.
As unidades listadas da Baosteel e da Wuhan tiveram as negociações suspensas porque suas empresas controladoras estão discutindo uma reestruturação, o que os analistas apontaram como o prenúncio de uma união.
Apesar de a produção de aço da China ter atingido o pico, o mercado doméstico continua saturado, disse Chen Derong, gerente-geral da Baosteel Group, em conferência, em maio.
Enquanto o país busca eliminar seu excedente, as exportações registram níveis recorde, sustentando um excedente global do metal e atraindo críticas de concorrentes de todo o globo.
A capacidade de produção de aço bruto da China atingiu um recorde de 1,2 bilhão de toneladas no fim de 2015, segundo a Associação de Ferro e Aço da China.
O país é o maior produtor mundial de aço e responde por cerca de metade da oferta global da liga, que é usada na construção, em automóveis e eletrodomésticos. O governo prometeu cortar até 150 milhões de toneladas em capacidade até 2020.