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Chefe do FMI pede ação "muito mais decisiva" para lidar com dívida

Os comentários da chefe do FMI ocorrem em meio à crescente preocupação com aumentos acentuados nos níveis de dívida

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Fundo Monetário Internacional (FMI) (Yuri Gripas/Reuters)

Fundo Monetário Internacional (FMI) (Yuri Gripas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2020 às, 18h32.

A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu neste domingo medidas significativas para lidar com o peso da dívida cada vez mais insustentável de alguns países, exortando credores e devedores a iniciar os processos de reestruturação quanto antes.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse em um evento online organizado pelo grupo G30 de ex-formuladores de políticas e acadêmicos que uma extensão de seis meses do congelamento dos pagamentos bilaterais oficiais acertado pelo Grupo das 20 principais economias na semana passada ajudaria, mas disse que medidas mais urgentes são necessárias.

"Estamos ganhando tempo, mas temos que enfrentar a realidade de que há ações muito mais decisivas pela frente", disse ela, instando credores e devedores a começar a reestruturar sem demora níveis de dívida insustentáveis de alguns países.

"Fazer pouco demais tarde demais é caro para os devedores e também para os credores", disse ela, alertando que os níveis de dívida global atingiriam 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e que o impacto negativo da inadimplência soberana poderia se espalhar rapidamente.

Georgieva disse que os credores deveriam adotar cláusulas contratuais para minimizar a perturbação econômica, aumentar a transparência e endossar um arcabouço comum acertado em princípio pelo G20 na semana passada.

Os comentários de Georgieva ocorrem em meio à crescente preocupação com aumentos acentuados nos níveis de dívida --especialmente entre os países de baixa e média renda (duramente atingidos pelo novo coronavírus)--, uma queda no turismo e, em alguns casos, preços mais baixos do petróleo.

A Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20 ajudou 44 países a adiar 5 bilhões de dólares em pagamentos, com os recursos podendo ser gastos na mitigação da crise da Covid-19, mas sua eficácia foi limitada pela ausência de credores privados e pelo fracasso da China em incluir todas as instituições estatais.

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