Economia

Chair do Fed diz que inflação "fraca" dá espaço para aumento de salários

Na quinta-feira, Powell foi uma das três autoridades do Fed cujos comentários detalharam a abordagem "paciente" do banco para novos aumentos de juros

Jerome Powell: chair do FED ofereceu mais uma razão para o banco central norte-americano adiar novos aumentos de juros (James Lawler Duggan/Reuters)

Jerome Powell: chair do FED ofereceu mais uma razão para o banco central norte-americano adiar novos aumentos de juros (James Lawler Duggan/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2019 às 10h57.

O aumento de produtividade visto no ano passado dá mais espaço para um aumento de salários sem o risco de elevar a inflação, disse o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na quinta-feira, oferecendo mais uma razão para o banco central norte-americano adiar novos aumentos de juros.

"Os sinais de uma pressão de alta sobre a inflação parecem fracos, apesar do mercado de trabalho forte", tendo em conta um desemprego de 4 por cento e os aumentos de salários vistos recentemente, disse Powell em comentários preparados à Comissão Orçamentária dos Cidadãos em Nova York.

Graças à volta de trabalhadores afastados ao mercado de trabalho e a uma melhoria na produtividade em 2018, a economia pode continuar a preencher dezenas de milhares de vagas novas todos os meses e sustentar salários mais altos sem provocar um salto na inflação que poderia induzir o Fed a começar a elevar os juros novamente.

"Mais empregos ocupados e salários em ascensão estão atraindo mais pessoas para a força de trabalho", disse Powell. "O crescimento da produtividade no setor de negócios, que vinha decepcionando durante a expansão, aumentou... a produtividade em ascensão permite que os salários aumentem sem criar pressões inflacionárias".

Na quinta-feira, Powell foi uma das três autoridades do Fed cujos comentários detalharam a abordagem "paciente" do banco para novos aumentos de juros. A diretriz foi anunciada em janeiro, suspendendo um ciclo de três anos de aumentos de juros em meio aos riscos crescentes para as economias norte-americana e global e ao temor de que a inflação pudesse estar se desviando de seu nível atual, próximo da meta de 2 por cento do Fed.

Muitos investidores acham que o Fed não agirá neste ano e que sua próxima medida pode ser até para diminuir os juros.

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