Centrais decidem boicotar lançamento de plano Brasil Maior
Descontentes por não terem sido chamados para opinar sobre o projeto, sindicalistas decidem não ir ao lançamento do plano amanhã
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2011 às 20h36.
Brasília - Na véspera de lançar um programa para ajudar o setor industrial, o governo tentou acalmar os ânimos dos sindicalistas. Eles ficaram descontentes por não ter sido chamados para opinar sobre o Plano Brasil Maior de Política Industrial . No entanto, a reunião não surtiu efeito e os representantes das centrais sindicais saíram do Palácio do Palácio do Planalto dizendo que, em protesto, não vão ao lançamento do programa, marcado para amanhã.
"Não viremos aqui apenas para bater palmas para o governo", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique. O presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira, o Paulinho da Força (PDT-SP), seguiu a mesma linha. "Como o governo não nos ouviu, a Força Sindical está fora do lançamento do plano."
O que mais irritou os sindicalistas foi o fato de o governo liminar a conversa à medida que concederá da desoneração da folha de pagamento para determinado setor da indústria.
"Vínhamos discutindo a desoneração da folha, mas não concordamos com a proposta do governo, que vai fazer com que a União se encarregue de arcar com as perdas de arrecadação”, disse Artur Henrique. “Estávamos discutindo contrapartidas das empresas. Os empresários chegaram até concordar com o estabelecimento de contrapartidas depois de oito anos de luta. Agora, vem o governo dizer que decidiu fazer isso dessa forma. Somos contra."
A intenção do governo é ver como o setor cuja folha será desonerada se comportará até dezembro de 2012. Os governo propôs que as centrais participem desse monitoramento, segundo os sindicalistas. "O governo propôs formar uma comissão tripartite, com a participação de empresários e sindicalistas, para avaliar esse comportamento e propor medidas. Mas não é isso o que queremos. Queríamos ter sido ouvidos", assinalou Artur Henrique.
A reunião foi convocada pelo governo e teve a coordenação do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidente. Além dele, participaram os ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, também esteve no encontro.
A medida provisória que institui o programa será encaminhada amanhã ao Congresso Nacional. Além do programa, o governo enviará ao Legislativo um projeto de lei complementar definindo mudanças no Super Simples.
A intenção é frear o encolhimento da indústria nacional, que vem sofrendo com a invasão de produtos importados. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Gaged) do Ministério do Trabalho, em julho ocorreram 58 mil demissões no setor de manufaturados e estime-se que em agosto elas cheguem a 100 mil.
Os ministros que participaram da reunião não falaram com a imprensa.
Brasília - Na véspera de lançar um programa para ajudar o setor industrial, o governo tentou acalmar os ânimos dos sindicalistas. Eles ficaram descontentes por não ter sido chamados para opinar sobre o Plano Brasil Maior de Política Industrial . No entanto, a reunião não surtiu efeito e os representantes das centrais sindicais saíram do Palácio do Palácio do Planalto dizendo que, em protesto, não vão ao lançamento do programa, marcado para amanhã.
"Não viremos aqui apenas para bater palmas para o governo", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique. O presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira, o Paulinho da Força (PDT-SP), seguiu a mesma linha. "Como o governo não nos ouviu, a Força Sindical está fora do lançamento do plano."
O que mais irritou os sindicalistas foi o fato de o governo liminar a conversa à medida que concederá da desoneração da folha de pagamento para determinado setor da indústria.
"Vínhamos discutindo a desoneração da folha, mas não concordamos com a proposta do governo, que vai fazer com que a União se encarregue de arcar com as perdas de arrecadação”, disse Artur Henrique. “Estávamos discutindo contrapartidas das empresas. Os empresários chegaram até concordar com o estabelecimento de contrapartidas depois de oito anos de luta. Agora, vem o governo dizer que decidiu fazer isso dessa forma. Somos contra."
A intenção do governo é ver como o setor cuja folha será desonerada se comportará até dezembro de 2012. Os governo propôs que as centrais participem desse monitoramento, segundo os sindicalistas. "O governo propôs formar uma comissão tripartite, com a participação de empresários e sindicalistas, para avaliar esse comportamento e propor medidas. Mas não é isso o que queremos. Queríamos ter sido ouvidos", assinalou Artur Henrique.
A reunião foi convocada pelo governo e teve a coordenação do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidente. Além dele, participaram os ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, também esteve no encontro.
A medida provisória que institui o programa será encaminhada amanhã ao Congresso Nacional. Além do programa, o governo enviará ao Legislativo um projeto de lei complementar definindo mudanças no Super Simples.
A intenção é frear o encolhimento da indústria nacional, que vem sofrendo com a invasão de produtos importados. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Gaged) do Ministério do Trabalho, em julho ocorreram 58 mil demissões no setor de manufaturados e estime-se que em agosto elas cheguem a 100 mil.
Os ministros que participaram da reunião não falaram com a imprensa.