Economia

Censo reforça estratégia do governo, diz Miriam Belchior

Miriam Belchior enfatizou que a queda da mortalidade infantil no País apresentou, já em 2010, um resultado previsto apenas para 2015

Miriam enfatizou ainda o aumento da formalização do mercado de trabalho brasileiro, revelado na mesma pesquisa do IBGE (Valter Campanato/ABr)

Miriam enfatizou ainda o aumento da formalização do mercado de trabalho brasileiro, revelado na mesma pesquisa do IBGE (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 14h16.

Brasília - Os dados demográficos do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforçam a estratégia da política social do governo, na avaliação da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. "Avançamos muito para bem. Claro que há uma diferença de 10 anos (em relação à pesquisa anterior), mas reflete o novo momento do País", disse a ministra em entrevista à Agência Estado.

Para Miriam, o levantamento positivo é fruto, entre outros pontos, de programas como o Bolsa Família e a política de aumento do salário mínimo. "Ele revela o resultado das várias políticas para diminuir a desigualdade. As políticas geraram o resultado que a gente esperava que gerasse", afirmou.

A ministra disse que a confirmação dos efeitos das políticas públicas já vinham aparecendo em outras pesquisas, mas que o Censo 2010 aponta que o caminho deve continuar a ser trilhado. "Esse é o caminho que o Brasil deve continuar a ter para resolver o problema da desigualdade", disse.

Mortalidade infantil

Miriam Belchior enfatizou que a queda da mortalidade infantil no País apresentou, já em 2010, um resultado previsto apenas para 2015. Conforme dados do Censo 2010, o número de óbitos de crianças menores de um ano caiu de 29,7 para 15,6 para cada mil nascidas vivas, um decréscimo de 47,6% na taxa de mortalidade infantil.

"O indicador caiu quase pela metade e atingimos, cinco anos antes, a meta do milênio que deveria ser entregue apenas em 2015", afirmou. A meta era de 15,7 para cada mil nascidas.

Para a ministra, o dado positivo reflete a menor desigualdade do País atualmente. Nos últimos 10 anos, a taxa de mortalidade do Nordeste, que era quase de 45 para cada mil, recuou para 18,5. No Sudeste, a redução foi de 21 para 13. "Assim, a diferença que era de 45 para 21 passou a ser de 18 para 13: além de cair, há uma maior uniformização nas regiões do País", comemorou.

Miriam enfatizou ainda o aumento da formalização do mercado de trabalho brasileiro, revelado na mesma pesquisa do IBGE. Ela citou algumas medidas adotadas pelo governo nos últimos anos, como o incentivo previdenciário ao Microempreendedor Individual (MEI). Outro ponto citado pela ministra foi o da diferença de renda entre trabalhadores e trabalhadoras. "Ainda existe uma diferença, a situação não é a ideal, mas houve redução entre os ganhos de homens e mulheres de dois terços para três quartos", comparou. "Demos um passo. É bom, mas ainda temos que avançar sobre isso", observou.

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIBGEMinistério do PlanejamentoMiriam BelchiorPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor