Carne: segundo o ministro de Agricultura, não há indícios de carne adulterada no Chile (Ueslei Marcelino/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de março de 2017 às 14h08.
Última atualização em 21 de março de 2017 às 14h09.
Santiago - A ministra da Saúde do Chile, Carmen Castillo, disse nesta terça-feira que a carne brasileira que está à venda no país é segura para ser consumida, apesar de o governo ter suspendido as importações após a Operação Carne Fraca.
"Neste momento, a carne do Brasil que está à venda tem toda a segurança para ser consumida. Com todas as avaliações de nossos fiscais da área de saúde, a qualidade da carne está absolutamente assegurada. Se alguém detectar qualquer situação, estamos disponíveis para receber as denúncias", disse a ministra após participar de uma atividade com a presidente Michelle Bachelet.
O ministro da Agricultura do Chile, Carlos Furche, que anunciou ontem a suspensão temporária das importações do produto brasileiro, afirmou que não há indícios de carne adulterada no Chile.
No entanto, Furche informou que um dos frigoríficos investigados no Brasil exportou carne de frango para o Chile. Por isso, pediu ao ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, com quem conversou via e-mail, detalhes das datas dos envios e sobre quantidades do produto que foram embarcadas ao país.
O ministro chileno também minimizou as declarações feitas por Maggi ontem, que disse que o Brasil tomaria "medidas fortes" contra o vizinho se o mercado para as carnes for totalmente fechado.
"A relação comercial com o Brasil é centenária e não será afetada por esse episódio", ressaltou Furche.
O Chile manterá a suspensão das importações como medida preventiva até ter clareza sobre o real estado dos produtos bovinos de origem brasileira. O governo de Bachelet também quer informações sobre quais importadores chilenos receberam carne em condições irregulares.
Segundo a Associação Chilena da Carne (Achic), o país importou US$ 873 milhões em carne bovina em 2016. Do total, 33,5% foram comprados do Brasil.