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Captações externas voltam no segundo semestre

Investidores internacionais começam a ver oportunidades no mercado brasileiro, diz novo presidente do JP Morgan no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

As empresas brasileiras devem voltar a captar recursos internacionais em larga escala no curto prazo. Na melhor das hipóteses, as captações retornam já no próximo trimestre. Na estimativa mais conservadora, a volta à normalidade vai acontecer no segundo semestre do ano. A avaliação é de Charles Wortman, novo presidente do banco JP Morgan no Brasil. "Trouxemos 3,2 bilhões de dólares em capital para o Brasil no ano passado", diz Wortman. "Os investidores internacionais já estão percebendo que as empresas brasileiras oferecem boas oportunidades para aplicar dinheiro."

Wortman disse estar preparando novas captações. Os profissionais do mercado financeiro comentam que uma delas poderia ser do governo brasileiro, fato que Wortman não quis comentar.

Os problemas que as empresas brasileiras enfrentaram para captar recursos no ano passado tiveram três origens: dificuldades das matrizes, no caso de empresas multinacionais; excesso de alavancagem; e a política de assumir dívidas em dólar que explodiram com a desvalorização do real. Segundo Wortman, os investidores internacionais estão começando a diferenciar as empresas brasileiras que têm problemas estruturais daquelas cujos negócios são sólidos, mas têm sido prejudicadas por problemas de liquidez. "Uma coisa são empresas que temporariamente têm falta de caixa, e outra bem diferente são aquelas que têm um alto risco de insolvência", diz.

Como o cenário econômico este ano vem sendo marcado por uma forte escassez de capital, as maiores oportunidades de negócio para os investidores internacionais vão ficar na consolidação de alguns setores da economia brasileira, como telecomunicações, mídia e - em um segundo momento - energia. "Há pouco capital disponível, por isso os melhores negócios vão ser os que conseguirem unificar empresas, reduzindo custos e aumentando a margem", diz Wortman.

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