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"Caprichos comerciais" dos EUA afetarão próprios americanos, alerta China

Trump ameaçou aplicar taxas de 10% sobre U$200 bilhões em importações chinesas se Pequim retaliar seu anúncio anterior de taxar U$50 bilhões em importações

É lamentável que os EUA sejam caprichosos, tenham intensificado as tensões e provocado uma guerra comercial, disse Gao (andriano_cz/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 11h53.

Última atualização em 21 de junho de 2018 às 15h00.

Pequim - O Ministério do Comércio da China acusou os Estados Unidos nesta quinta-feira de ser "caprichoso" em relação às questões comerciais bilaterais, e alertou que os interesses dos trabalhadores e produtores agrícolas norte-americanos acabarão sendo afetados.

Negociações comerciais anteriores com os EUA foram construtivas, mas Pequim tem tido que responder de maneira forte devido às ameaças tarifárias norte-americanas, afirmou o porta-voz do ministério chinês, Gao Feng.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou na segunda-feira com tarifa de 10 por cento sobre 200 bilhões de dólares em importações chinesas se Pequim retaliar contra seu anúncio anterior de taxas sobre 50 bilhões de dólares em importações. Os EUA alegam que a China está roubando propriedade intelectual, acusação negada por Pequim.

As acusações de Washington de transferência forçada de tecnologia são uma distorção da realidade e a China está totalmente preparada para responder com ferramentas "quantitativas" e "qualitativas" se os EUA divulgarem uma nova lista de tarifas, disse Gao em entrevista à imprensa.

"É profundamente lamentável que os EUA sejam caprichosos, tenham intensificado as tensões e provocado uma guerra comercial", disse Gao. "Os EUA estão acostumados a exibir 'grandes cacetetes' nas negociações, mas essa postura não se aplica à China."

O assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, que vê a China como uma potência econômica hostil e militar, afirmou na terça-feira que as ações de Trump são uma defesa necessária das "jóias da coroa" na economia dos EUA.

Nenhum dos esforços do governo dos EUA para negociar com Pequim rendeu mudanças nas práticas comerciais "predatórias" da China, disse Navarro. Ele mantém que a China tem mais a perder com uma guerra comercial.

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