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"Canário na mina de carvão" está piando fraco para economia

Exportações sul-coreanas tiveram uma nova queda em maio: entenda por que os economistas ficam atentos para esse dado

"Canário na mina de carvão" é uma expressão usada como apelido para os dados de exportações sul-coreanas (Haplochromis / Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

Publicado em 4 de junho de 2016 às 08h00.

São Paulo - O canário na mina de carvão não parece muito saudável: em maio, as exportações da Coreia do Sul caíram pelo 17º mês consecutivo.

O tombo foi de 6% na comparação anual - melhor do que os 11,2% negativos registrados em abril, mas bem pior do que a queda de 0,4% prevista por economistas.

Eles olham para esse dado de perto porque ele é o primeiro número concreto a ser revelado entre as grandes economias. Por isso, foi apelidado pelo Goldman Sachs e pelo UBS de "canário na mina de carvão".

É uma referência a uma tática usada pelos mineiros para monitorar o nível de gases tóxicos debaixo da terra. O canário era o primeiro a morrer, indicando que chegava a hora de fugir.

A economia da Coreia do Sul é bastante aberta e dependente da China e do Japão, segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente.

Sozinha, a economia chinesa absorve um quarto das exportações sul-coreanas.

Como a China é central para a demanda global mas seus dados estão envoltos em incertezas (inclusive estatísticas), os analistas ficam de olho em qualquer pista sobre sua saúde econômica.

São Paulo - Você já deve ter reparado que os países com níveis de renda parecidos tendem a estar localizados próximos uns dos outros. Isso fica claro nos mapas criados pelo site de informação de custo HowMuch.net que dividiram 204 países em 4 grupos de cores próprias com base no PIB per capita anual. O primeiro grupo, vermelho, é daqueles países de renda baixa: US$ 1.045 ou menos. O segundo, laranja, é dos países de renda média-baixa: entre US$ 1.046 e US$ 4.125. O terceiro, amarelo, junta os países com renda média-alta: entre US$ 4.126 e US$ 12.745. O quarto e último é o verde, com países de renda alta: acima de US$ 12.476. Dos 204 países, 17% estão no grupo de renda baixa, 25% no grupo de renda média-baixa, 26% no grupo de renda média-alta e 32% no grupo de renda alta. Dos 66 países neste último grupo, o mais alto, cerca de metade (32) estão na Europa . Dos 34 países no primeiro grupo, de renda baixa, 26 ficam na África . A Europa, América do Sul e Central e Oceania não tem representantes no grupo de renda mais baixa. Visualize melhor com os mapas a seguir ( veja em tamanho maior aqui ):
  • 2. Mapa da renda da América do Sul e Central

    2 /8(HowMuch.net)

  • Veja também

    Dos 19 países: 2 são de renda alta 10 são de renda média-alta 7 são de renda média-baixa
  • 3. Mapa da renda da América do Norte e Caribe

    3 /8(HowMuch.net)

  • Dos 11 países: 4 são de renda alta 6 são de renda média-alta 1 é de renda baixa
  • 4. Mapa da renda da Europa ocidental, central e do leste

    4 /8(HowMuch.net)

    Dos 34 países: 21 são de renda alta 9 são de renda média-alta 4 são de renda média-baixa
  • 5. Mapa da renda do leste/Ásia

    5 /8(HowMuch.net)

    Dos 28 países: 5 são de renda alta 7 são de renda média-alta 10 são de renda média-baixa 6 são de renda baixa
  • 6. Mapa de renda da África

    6 /8(HowMuch.net)

    Dos 42 países: 1 é de renda alta 7 são de renda média-alta 12 são de renda média-baixa 22 são de renda baixa
  • 7. Mapa da renda da Oceania

    7 /8(HowMuch.net)

    Dos 8 países: 3 são de renda alta 1 é de renda média-alta 4 são de renda média-baixa
  • 8 /8(Jason Alden/Bloomberg)

  • Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComércio exteriorCoreia do SulExportações

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