Agência de notícias
Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 06h50.
Última atualização em 18 de dezembro de 2024 às 07h53.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fará uma live para se despedir da autoridade monetária e fazer um balanço de sua gestão. A transmissão on-line desta quarta-feira, 18, será um dos últimos atos públicos de Campos Neto à frente do BC, que deixa oficialmente o cargo no dia 31.
Na quinta-feira, para marcar a transição simbólica na presidência do Banco Central, o atual comandante do BC e o diretor de Política Monetária da instituição, Gabriel Galípolo, que assume o cargo em janeiro, darão entrevista coletiva juntos. Eles deverão falar sobre a política monetária sob nova direção.
A entrevista da quinta-feira se dará na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). É de praxe a participação do presidente do BC e do diretor de Política Econômica nesta coletiva.
"A coletiva conjunta simboliza o processo de transição da Presidência do Banco Central, a primeira realizada sob o marco legal da autonomia", diz a nota do BC.
Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo assume oficialmente o BC em janeiro de 2025, dado que o mandato de Campos Neto se encerra em 31 de dezembro deste ano. Além da mudança na presidência, o BC terá três novos diretores em 2025.
Os novatos são Nilton David, na vaga de Galípolo na diretoria de Política Monetária, Izabela Correa, que substitui Carolina Barros na diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, e Gilneu Vivan, que sucede Otávio Damaso na Regulação.
A composição do comitê hoje conta com quatro indicados de Lula e cinco diretores que já estavam no colegiado no governo de Jair Bolsonaro. Portanto, a partir do mês que vem, o atual presidente da República terá maioria no Copom - sete de nove diretores.
Antes das perguntas da imprensa, o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen fará uma apresentação do relatório.
A coletiva marca a divulgação do último RTI. A partir de 2025, será substituído pelo Relatório de Política Monetária, que continuará sendo publicado trimestralmente. O novo documento foi criado pelo decreto que alterou o monitoramento da meta de inflação para contínuo. Atualmente, a verificação é feita ao final de cada ano-calendário.
A partir do ano que vem, será considerada que a meta for descumprida quando o IPCA acumulado em 12 meses desviar-se por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância. A meta é atualmente de 3,0%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.
Além de apresentar uma análise prospectiva da inflação, como ocorre no RTI atualmente, o novo relatório também vai divulgar o desempenho da nova sistemática de meta para a inflação e os resultados das decisões passadas de política monetária.