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Campos Neto e Galípolo darão entrevista conjunta em transição simbólica no BC

Galípolo assume mandato oficialmente em janeiro de 2025

Agência o Globo
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Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 12h15.

Última atualização em 12 de dezembro de 2024 às 12h16.

Para marcar a transição simbólica na presidência do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, atual comandante do órgão, e Gabriel Galípolo, que assume o cargo em janeiro, darão entrevista coletiva conjunta sobre política monetária na próxima quinta-feira, 19.

A entrevista se dá no contexto da publicação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). É de praxe a participação do presidente do BC e do diretor de Política Econômica nesta coletiva.

"A coletiva conjunta simboliza o processo de transição da Presidência do Banco Central, a primeira realizada sob o marco legal da autonomia", diz a nota do BC.

Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo assume oficialmente o BC em janeiro de 2025, dado que o mandato de Campos Neto se encerra em 31 de dezembro deste ano. Além da mudança na presidência, o BC terá três novos diretores em 2025.

Os novatos são Nilton David, na vaga de Galípolo na diretoria de Política Monetária, Izabela Correa, que substitui Carolina Barros na diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, e Gilneu Vivan, que sucede Otávio Damaso na Regulação.

A composição do comitê hoje conta com quatro indicados de Lula e cinco diretores que já estavam no colegiado no governo de Jair Bolsonaro. Portanto, a partir do mês que vem, o atual presidente da República terá maioria no Copom - sete de nove diretores.

O último RTI

Antes das perguntas da imprensa, o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen fará uma apresentação do relatório.

A coletiva marca a divulgação do último RTI. A partir de 2025, será substituído pelo Relatório de Política Monetária, que continuará sendo publicado trimestralmente. O novo documento foi criado pelo decreto que alterou o monitoramento da meta de inflação para contínuo. Atualmente, a verificação é feita ao final de cada ano-calendário.

A partir do ano que vem, será considerada que a meta for descumprida quando o IPCA acumulado em 12 meses desviar-se por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância. A meta atualmente é de 3,0%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.

Além de apresentar uma análise prospectiva da inflação, como ocorre no RTI atualmente, o novo relatório também vai divulgar o desempenho da nova sistemática de meta para a inflação e os resultados das decisões passadas de política monetária.

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