Economia

Câmara argentina inicia debate sobre expropriação da YPF

A presidente Cristina Kirchner irritou a Espanha e outros parceiros comerciais europeus no mês passado quando revelou o plano de expropriação da YPF

Os senadores aprovaram o projeto com apoio esmagador na semana passada, com a maioria dos membros da oposição votando a favor (Daniel Garcia/AFP)

Os senadores aprovaram o projeto com apoio esmagador na semana passada, com a maioria dos membros da oposição votando a favor (Daniel Garcia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 14h40.

Buenos Aires - A Câmara dos Deputados da Argentina vai começar a debater nesta quarta-feira a expropriação da participação de 51 por cento da petroleira YPF que está nas mãos da petrolífera espanhola Repsol.

A presidente Cristina Kirchner irritou a Espanha e outros parceiros comerciais europeus no mês passado quando revelou o plano de expropriação da YPF, a maior empresa de energia do país.

Mas a decisão de Cristina de devolver a YPF para as mãos do Estado após a sua privatização na década de 1990 foi aplaudida pelos argentinos, que culpam essas políticas de livre mercado por causar uma terrível crise econômica há uma década.

Os senadores aprovaram o projeto com apoio esmagador na semana passada, com a maioria dos membros da oposição votando a favor. Um resultado semelhante é esperado na Câmara, que também é controlada pela presidente, permitindo a ela assinar o projeto e transformar em lei ainda esta semana.

"Eu acho que vamos obter facilmente mais de dois terços dos votos", disse Agustín Rossi, chefe do bloco do partido governista na Câmara, defendendo a principal justificativa de Cristina para a decisão - o baixo investimento para aumentar a produção de combustível.

"O problema da YPF sob o controle da Repsol eram os baixos níveis de investimento", disse ele à televisão local. "Sob o controle estatal, o reinvestimento será a ordem do dia. Os lucros não serão distribuídos e estou certo de que vamos ter uma política agressiva de buscar parcerias com outras empresas." Embora o debate esteja previsto para começar nesta quarta-feira, a votação não deve acontecer até quinta-feira.

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