Redação Exame
Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 22h33.
Última atualização em 17 de dezembro de 2024 às 23h15.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 17, o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP 210/24), parte do pacote de cortes de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O texto autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas. O texto recebeu 318 votos a favor e 149 contra. Demais destaques devem ser votados na quarta-feira, 17.
Entre os pontos mais polêmicos estava a revogação do seguro obrigatório para acidentes de trânsito, o DPVAT, recriado recentemente. Após recuo do relator, a medida foi retirada, e o seguro, agora chamado de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT), voltará a valer em janeiro de 2025.
O relator, deputado Átila Lira (PP-PI), chegou a incluir a extinção do SPVAT na versão inicial do texto. No entanto, após debate e pressão política, o parlamentar recuou e manteve a vigência do SPVAT, legislação sancionada neste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Concluída a votação de todos os destaques, o texto segue para aprovação do Senado. A expectativa é de que ele seja votado até a sexta-feira, 20, antes do recesso dos parlamentares.
Apesar das discussões sobre o SPVAT, o texto preserva dispositivos essenciais para corte de gastos e controle fiscal, alinhados ao arcabouço fiscal. As principais medidas incluem:
O projeto prevê gatilhos automáticos para contenção de gastos caso seja constatado déficit primário a partir de 2025:
A partir de 2027, se houver redução nominal das despesas discricionárias em relação ao ano anterior, as mesmas proibições serão aplicadas.
Com essas medidas, o governo busca: