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Cade pede documentos de propostas rejeitadas por HSBC

Órgão regulador quer conhecer todas as ofertas recebidas nos últimos anos pela subsidiária brasileira e que bando explique por que escolheu oferta do Bradesco

Logo do banco HSBC: banco deve fornecer documentos, apresentações, avaliações e relatórios internos que embasaram decisão de venda para o Bradesco (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 20h07.

O Cade ordenou que o HSBC abra para o Conselho todas as ofertas recebidas nos últimos dois anos pela subsidiária brasileira e explique por que escolheu a oferta de US$ 5,2 bilhões do Banco Bradesco .

O Cade também disse que o HSBC deve fornecer documentos, apresentações, avaliações e relatórios internos que embasaram a decisão, segundo ofício de 27 de janeiro para o HSBC e o Bradesco.

O HSBC respondeu ao pedido em 5 de fevereiro, mas o conteúdo tem acesso restrito. Por meio de sua assessoria, o banco disse que não comentaria o caso.

O pedido não é usual para o Cade, disse a assessoria do Conselho, explicando que a complexidade do negócio necessita de uma revisão mais abrangente do que as fusões bancárias usuais no Brasil. A assessoria também disse que as respostas serão protegidas por sigilo.

Os reguladores disseram anteriormente que estão avaliando melhor a transação para verificar os efeitos sobre a concorrência no setor bancário do País. O Bradesco é o quarto maior banco brasileiro em ativos e o HSBC é o sétimo, com base em dados de setembro do Banco Central.

Ambos os bancos foram previamente convidados a mostrar como potenciais ganhos de eficiência poderiam atenuar preocupações quanto ao impacto da menor concorrência sobre os consumidores.

A revisão deve ser concluída até o final do mês de junho, embora o Cade tenha dito que o prazo pode ser prorrogado.

Aprovação esperada

O HSBC ainda espera que a operação seja aprovada nos próximos meses, disse uma pessoa com conhecimento direto do processo que pediu para não ser identificada porque a discussão não é pública.

O ING Groep NV abandonou um plano para comprar a deficitária unidade turca do HSBC, em parte devido a questões regulatórias, disseram em dezembro pessoas com conhecimento do assunto. Ao invés disso, o banco com sede em Londres vai reestruturar o negócio, pessoas disseram este mês.

A assessoria do Bradesco disse que o banco “não comenta assuntos que estejam sob avaliação administrativa”.

O HSBC e o Bradesco disseram que a operação não irá prejudicar a concorrência, de acordo com partes não sigilosas de diferentes documentos enviados por eles para o Cade.

Respondendo a uma das perguntas do Cade sobre o negócio, Bradesco e HSBC disseram que os dois bancos somam mais de 40 por cento do mercado em apenas 131 dos 3.582 municípios brasileiros que possuem agências bancárias.

O Bradesco concordou em comprar a unidade do HSBC no Brasil em agosto para adicionar cerca de 850 agências e R$ 179,5 bilhões (US$ 45 bilhões) em ativos, a maior aquisição já feita pelo banco.

Antes do anúncio do acordo, um representante do governo que pediu para não ser identificado disse que a aquisição da unidade local do HSBC por um banco brasileiro tão grande como Bradesco ou Itaú Unibanco poderia enfrentar questões antitruste, enquanto o Santander, o quinto maior banco do País, enfrentaria menos obstáculos.

O Banco Central aprovou a transação no mês passado.

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O Cade ordenou que o HSBC abra para o Conselho todas as ofertas recebidas nos últimos dois anos pela subsidiária brasileira e explique por que escolheu a oferta de US$ 5,2 bilhões do Banco Bradesco .

O Cade também disse que o HSBC deve fornecer documentos, apresentações, avaliações e relatórios internos que embasaram a decisão, segundo ofício de 27 de janeiro para o HSBC e o Bradesco.

O HSBC respondeu ao pedido em 5 de fevereiro, mas o conteúdo tem acesso restrito. Por meio de sua assessoria, o banco disse que não comentaria o caso.

O pedido não é usual para o Cade, disse a assessoria do Conselho, explicando que a complexidade do negócio necessita de uma revisão mais abrangente do que as fusões bancárias usuais no Brasil. A assessoria também disse que as respostas serão protegidas por sigilo.

Os reguladores disseram anteriormente que estão avaliando melhor a transação para verificar os efeitos sobre a concorrência no setor bancário do País. O Bradesco é o quarto maior banco brasileiro em ativos e o HSBC é o sétimo, com base em dados de setembro do Banco Central.

Ambos os bancos foram previamente convidados a mostrar como potenciais ganhos de eficiência poderiam atenuar preocupações quanto ao impacto da menor concorrência sobre os consumidores.

A revisão deve ser concluída até o final do mês de junho, embora o Cade tenha dito que o prazo pode ser prorrogado.

Aprovação esperada

O HSBC ainda espera que a operação seja aprovada nos próximos meses, disse uma pessoa com conhecimento direto do processo que pediu para não ser identificada porque a discussão não é pública.

O ING Groep NV abandonou um plano para comprar a deficitária unidade turca do HSBC, em parte devido a questões regulatórias, disseram em dezembro pessoas com conhecimento do assunto. Ao invés disso, o banco com sede em Londres vai reestruturar o negócio, pessoas disseram este mês.

A assessoria do Bradesco disse que o banco “não comenta assuntos que estejam sob avaliação administrativa”.

O HSBC e o Bradesco disseram que a operação não irá prejudicar a concorrência, de acordo com partes não sigilosas de diferentes documentos enviados por eles para o Cade.

Respondendo a uma das perguntas do Cade sobre o negócio, Bradesco e HSBC disseram que os dois bancos somam mais de 40 por cento do mercado em apenas 131 dos 3.582 municípios brasileiros que possuem agências bancárias.

O Bradesco concordou em comprar a unidade do HSBC no Brasil em agosto para adicionar cerca de 850 agências e R$ 179,5 bilhões (US$ 45 bilhões) em ativos, a maior aquisição já feita pelo banco.

Antes do anúncio do acordo, um representante do governo que pediu para não ser identificado disse que a aquisição da unidade local do HSBC por um banco brasileiro tão grande como Bradesco ou Itaú Unibanco poderia enfrentar questões antitruste, enquanto o Santander, o quinto maior banco do País, enfrentaria menos obstáculos.

O Banco Central aprovou a transação no mês passado.

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