Economia

Bruxelas diz que adesão à zona do euro é irrevogável

Afirmação veio em resposta a uma pergunta sobre um possível saída da Grécia do grupo da moeda única

Zona do Euro: "A adesão ao euro é irrevogável", afirmou Annika Breidthardt, recordando que esta condição faz parte do Tratado de Lisboa (Philippe Huguen/AFP)

Zona do Euro: "A adesão ao euro é irrevogável", afirmou Annika Breidthardt, recordando que esta condição faz parte do Tratado de Lisboa (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 09h50.

Bruxelas - A adesão de um país à zona do euro é irrevogável, afirmou nesta segunda-feira uma porta-voz da Comissão Europeia, em resposta a uma pergunta sobre um possível saída da Grécia do grupo da moeda única.

"A adesão ao euro é irrevogável", afirmou Annika Breidthardt, recordando que esta condição faz parte do Tratado de Lisboa.

Quanto a saber se seria possível deixar a zona do euro, outro porta-voz, Margaritis Schinas, negou-se a "entrar em especulações e supostos casos que podem ser interpretados em um contexto que atualmente não é aventado".

Mais cedo, o presidente francês, François Hollande, afirmou que os gregos, convocados a renovar o Parlamento no fim de janeiro, são livres para escolher seu destino, mas seu próximo governo precisará "respeitar os compromissos" assumidos pelo país.

"Os gregos são livres para escolher seu destino mas, ao mesmo tempo, compromissos foram assumidos. Tudo isso terá que ser respeitado, evidentemente", declarou Hollande em uma entrevista com a emissora France Inter, ao evocar uma possível vitória do partido de esquerda radical Syriza nas legislativas previstas para 25 de janeiro.

"Quanto à adesão da Grécia na zona do euro, a decisão cabe apenas à Grécia", afirmou o presidente francês, acrescentando que não lhe cabe emitir qualquer consideração a respeito.

Estas são as primeiras reações às informações publicadas no domingo pelo semanário alemão Der Spiegel, segundo as quais a chanceler alemã, Angela Merkel, considera inevitável uma saída da Grécia da Eurozona se o partido de esquerda Syriza vencer as eleições legislativas de 25 de janeiro e dirigir um governo que abandone a linha orçamentária e não pague a dívida.

Merkel não confirmou ou desmentiu estas informações, mas os sociais-democratas, membros da coalizão governamental alemã, criticaram publicamente a chanceler por esta posição.

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