Economia

Brics defendem FMI forte e comércio internacional aberto e livre

Declaração divulgada no final da cúpula dos Brics reitera o compromisso dos países membros com o comércio multilateral

Brics: "É essencial que todos os membros da OMC evitem medidas unilaterais e protecionistas", diz documento (Pavel Golovkin/Reuters)

Brics: "É essencial que todos os membros da OMC evitem medidas unilaterais e protecionistas", diz documento (Pavel Golovkin/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 12h49.

Última atualização em 14 de novembro de 2019 às 15h36.

Brasília — O Brics, grupo formado por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, defendeu nesta quinta-feira (14) um FMI forte e um comércio internacional aberto, livre e inclusivo.

"Reiteramos a importância fundamental de um comércio internacional baseado em regras, transparente, não-discriminatório, aberto, livre e inclusivo", afirmam os países do Brics na Declaração de Brasília, divulgada ao final da cúpula realizada na capital federal.

Sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC), os Brics querem que a entidade zele para trocas baseadas "em regras, transparentes, não discriminatórias, abertas, livres e inclusivas" e mandaram um recado aos Estados Unidos.

"Continuamos comprometidos com a preservação e o fortalecimento do sistema comercial multilateral, com a Organização Mundial do Comércio em seu centro. É essencial que todos os membros da OMC evitem medidas unilaterais e protecionistas", acrescenta o documento.

Os Brics enfatizaram a necessidade de uma reforma integral da ONU, incluindo o Conselho de Segurança, com vistas a torná-la um órgão mais representativo e, segundo os países, "capaz de responder aos desafios globais".

"China e Rússia reiteram a importância que atribuem ao status e ao papel de Brasil, Índia e África do Sul nas relações internacionais e apoiam suas aspirações de desempenhar papéis mais relevantes na ONU", diz o documento.

O grupo das cinco maiores economias emergentes do mundo também quer que o FMI comece a trabalhar "seriamente e num curto espaço de tempo" na reforma da estrutura de quotas.

Os países do grupo reafirmaram também seu compromisso com um Fundo Monetário Internacional "forte, baseado em cotas e com recursos adequados, no centro da Rede de Proteção Financeira Global".

(Com Reuters e EFE)

Acompanhe tudo sobre:África do SulBricsChinaFMIGlobalizaçãoÍndiaRússia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto