BRICS: ministros elogiaram a expansão das trocas comerciais dentro do grupo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h18.
São Paulo - O grupo dos BRICS - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - divulgou comunicado conjunto na tarde desta terça-feira, 15, ao final da 4ª Reunião dos Ministros de Comércio Externo do bloco, dentro da VI Cúpula, realizada em Fortaleza (CE).
O documento revela que os ministros discutiram a situação econômica global e mostraram preocupação com o lento ritmo da recuperação, "que continua a prejudicar os fluxos comerciais e de investimento".
Segundo o comunicado, as incertezas relacionadas ao crescimento econômico e a resposta das autoridades monetárias dos países desenvolvidos podem levar a uma maior volatilidade nos mercados financeiros, afetando a economia mundial.
"Eles enfatizaram que modernizar as estruturas internacionais de governança continua sendo uma necessidade para uma melhor coordenação política e para a promoção da prosperidade econômica global", diz o texto.
Os ministros afirmaram que, apesar do ambiente econômico desafiador, os BRICS devem continuar a contribuir com o crescimento mundial.
Eles elogiaram a expansão das trocas comerciais dentro do grupo e prometeram continuar a trabalhar para fortalecê-las ainda mais.
Nesse sentido, reafirmaram o compromisso de não adotar medidas protecionistas que sejam incompatíveis com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), embora respeitando tratamentos especiais e diferentes para países em desenvolvimento.
Os membros do grupo também prometeram buscar implementar os compromissos assumidos durante as negociação da OMC em Bali, em dezembro do ano passado.
Segundo os ministros, a conclusão da Rodada de Doha continua sendo o principal ponto para alcançar a integração total dos países em desenvolvimento no sistema de comércio global.
Também foi ressaltada a importância do fortalecimento do comércio eletrônico entre os países dos BRICS, além de destacarem o potencial para um relacionamento maior entre as micro e pequenas empresas.