Economia

Brasileiros gastam US$ 19 bilhões em viagens ao exterior em 2017

De acordo com o Banco Central, o resultado foi o maior desde 2014

Saldo em viagens ficou negativo no ano passado, chegando a um déficit US$ 13,2 bilhões (Choreograph/Thinkstock)

Saldo em viagens ficou negativo no ano passado, chegando a um déficit US$ 13,2 bilhões (Choreograph/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 12h39.

Os gastos de brasileiros no exterior em viagens chegaram a US$ 19 bilhões em 2017, informou hoje (26) o Banco Central (BC). A despesa é a maior desde 2014, quando foram gastos em viagens ao exterior US$ 25,6 bilhões.

As receitas, ou seja, gastos de estrangeiros em viagens ao Brasil foram US$ 5,8 bilhões, menor que os gastos dos brasileiros.

Com isso, o saldo em viagens ficou negativo no ano passado, chegando a um déficit US$ 13,2 bilhões.

Trata-se também do maior saldo negativo desde 2014, quando essa conta fechou com um déficit de US$ 18,7 bilhões.

Os dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações correntes.

No ano passado, os serviços fecharam com um déficit de US$ 33,8 bilhões, o maior desde 2015, quando chegou a US$ 36,9 bilhões negativos.

"A maioria das rubricas de serviços têm apresentado crescimento de déficit, mostrando, de fato, que é disseminada uma maior demanda por serviços importados", diz o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.

A conta de serviços faz parte das transações correntes, ou seja, as contas externas do país, que em fecharam 2017 com saldo negativo.

O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou negativo em US$ 9,8 bilhões.

O déficit, é o menor desde 2007, quando o país registrou saldo positivo de US$ 408 milhões.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraGastosViagens

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame