Brasileiros começam 2019 mais endividados e inadimplentes, diz CNC
Porcentual de famílias brasileiras com algum tipo de dívida subiu de 59,8% em dezembro de 2018 para 60,1% em janeiro de 2019
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 12h28.
Rio - Os brasileiros começaram o ano mais endividados , segundo dados divulgados nesta terça-feira, 5, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias brasileiras com algum tipo de dívida subiu de 59,8% em dezembro de 2018 para 60,1% em janeiro de 2019, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
No entanto, o resultado foi inferior ao patamar de endividados de 61,3% registrado em janeiro do ano passado.
O total de inadimplentes teve ligeiro aumento de dezembro para janeiro, passando de 22,8% em dezembro para 22,9% em janeiro. O resultado, porém, também ficou aquém do nível de inadimplência de janeiro de 2018, quando 25,0% das famílias tinham dívidas ou contas em atraso.
O volume de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas - e que, portanto, continuariam inadimplentes - passou de 9,5% em janeiro de 2018 para 9,1% em janeiro deste ano. Em dezembro de 2018 esse porcentual era de 9,2%.
"A queda na comparação anual indica que persistem o ritmo lento de recuperação do consumo e a cautela das famílias na contratação de novos empréstimos e financiamentos", avaliou a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.
Segundo a CNC, a alta no endividamento em relação a dezembro do ano passado não compromete a expectativa de retomada da economia.
"As taxas de juros em patamares mais baixos também constituem um fator favorável a esse resultado. As famílias brasileiras também se mostraram mais otimistas em relação à sua capacidade de pagamento, e o percentual de famílias que disseram não ter condições de pagar suas contas em atraso também recuou", justificou Marianne Hanson.
O cartão de crédito foi mencionado como a principal fonte de dívidas dos brasileiros (78,4%), seguido por carnês (14,0%) e financiamento de carro (9,7%).