Brasileiro precisa acordar de "soneca", diz The Economist
Nova reportagem de revista britânica afirma que trabalhadores brasileiros são "gloriosamente improdutivos" e precisam "acordar do seu repouso"
João Pedro Caleiro
Publicado em 17 de abril de 2014 às 12h22.
São Paulo - Depois da inflação, a The Economist escolheu a produtividade para voltar a falar do Brasil.
Em reportagem publicada na edição desta semana com o título "A soneca de 50 anos", a revista britânica afirma que esta é a chave para o país crescer a taxas maiores do que 2% ao ano:
"A produtividade total, que mede a eficiência com a qual o capital e o trabalho são utilizados, é menor hoje do que era em 1960. A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB brasileiro entre 1990 e 2012, comparado a 91% na China e 67% na Índia, de acordo com a consultoria McKinsey".
Na abertura do texto, é citado o caso de um americano que gerenciou um quiosque da sua lanchonete no festival Lollapalooza, que aconteceu este mês. Ele se gaba de ter servido um lanche a cada 15 segundos ainda que metade dos funcionários contratados não tenha aparecido.
O Lollapalooza São Paulo foi realizado no Autódromo de Interlagos, região Sul da cidade, cerca de 20 minutos de caminhada da estação de trem mais próxima. A versão original do festival é realizada no Grant Park, na região central de Chicago.
Razões
A reportagem é ilustrada pela imagem de um homem descansando em uma rede na praia e sugere que os trabalhadores brasileiros são "gloriosamente improdutivos" e precisam "acordar do seu repouso".
No entanto, os fatores que a revista cita para explicar a baixa produtividade brasileira não tem nada a ver com preguiça e sim com obstáculos bem conhecidos do brasileiro - como a falta de infraestrutura , a má qualidade da educação e a gestão ineficiente nas empresas.
O texto também critica o fechamento da economia, que protege as companhias locais de concorrentes estrangeiros mais eficientes e dificulta a importação de tecnologias que poderiam melhorar a produtividade.
A revista recomenda que para amenizar o problema, o país olhe para dois setores que se tornaram mais eficientes no passado recente: o financeiro e o do agronegócio .
São Paulo - Depois da inflação, a The Economist escolheu a produtividade para voltar a falar do Brasil.
Em reportagem publicada na edição desta semana com o título "A soneca de 50 anos", a revista britânica afirma que esta é a chave para o país crescer a taxas maiores do que 2% ao ano:
"A produtividade total, que mede a eficiência com a qual o capital e o trabalho são utilizados, é menor hoje do que era em 1960. A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB brasileiro entre 1990 e 2012, comparado a 91% na China e 67% na Índia, de acordo com a consultoria McKinsey".
Na abertura do texto, é citado o caso de um americano que gerenciou um quiosque da sua lanchonete no festival Lollapalooza, que aconteceu este mês. Ele se gaba de ter servido um lanche a cada 15 segundos ainda que metade dos funcionários contratados não tenha aparecido.
O Lollapalooza São Paulo foi realizado no Autódromo de Interlagos, região Sul da cidade, cerca de 20 minutos de caminhada da estação de trem mais próxima. A versão original do festival é realizada no Grant Park, na região central de Chicago.
Razões
A reportagem é ilustrada pela imagem de um homem descansando em uma rede na praia e sugere que os trabalhadores brasileiros são "gloriosamente improdutivos" e precisam "acordar do seu repouso".
No entanto, os fatores que a revista cita para explicar a baixa produtividade brasileira não tem nada a ver com preguiça e sim com obstáculos bem conhecidos do brasileiro - como a falta de infraestrutura , a má qualidade da educação e a gestão ineficiente nas empresas.
O texto também critica o fechamento da economia, que protege as companhias locais de concorrentes estrangeiros mais eficientes e dificulta a importação de tecnologias que poderiam melhorar a produtividade.
A revista recomenda que para amenizar o problema, o país olhe para dois setores que se tornaram mais eficientes no passado recente: o financeiro e o do agronegócio .