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Brasil tem desemprego de 8,2% em fevereiro, diz IBGE

A mediana das previsões em pesquisa era de que a taxa ficaria em 8,1% no mês

Trabalhador da indústria: a previsão era de que a taxa ficaria em 8,1%% no mês (zdravkovic/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 10h06.

Rio de Janeiro/ São Paulo - A taxa de desemprego do Brasil cresceu pela segunda vez seguida e atingiu 8,2% em fevereiro, maior nível em quase sete anos e com nova queda na renda média do trabalhador, sucumbindo ao cenário recessivo brasileiro.

Em janeiro, o desemprego medido pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) havia sido de 7,6%.

O resultado de fevereiro é o mais alto desde maio de 2009, quando a taxa foi de 8,8%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quarta-feira.

A PME abrange o mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do país. A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa chegaria a 8,1% no mês na mediana das previsões.

A renda média também foi afetada pelo atual cenário, informou o IBGE, com recuo de 1,5% em fevereiro sobre janeiro, atingindo 2.227,5 reais.

Na comparação com o mesmo mês de 2015, a queda foi de 7,5%, num cenário de inflação alta e juros elevados.

Os dados mostram que no mês passado a população ocupada diminuiu 1,9% sobre o mês anterior, somando 22,555 milhões de pessoas.

Sobre fevereiro de 2015, a queda foi de 3,6%, o que representa 842 mil pessoas que perderam seus empregos.

O comércio foi a atividade que mais dispensou, com queda de 3,9% no número de trabalhadores em relação a janeiro, ou 177 mil pessoas demitidas.

"A notícia desfavorável que ficou evidente foi a queda na ocupação. São cortes mesmo. Além daqueles setores que já vinham dispensando, como construção e indústria, vimos agora dispensas no comércio", destacou a técnica da pesquisa no IBGE, Adriana Beringuy.

Já a população desocupada registrou alta de 7,2% contra janeiro e forte aumento de 39% sobre um ano antes, chegando a 2,015 milhões de pessoas à procura de uma posição.

O mercado de trabalho sofre desde o ano passado com a forte recessão na qual o Brasil está mergulhado, sem perspectiva de melhora em breve já que a pesquisa Focus do Banco Central aponta expectativa de contração econômica de 3,60% este ano.

Esta foi a última divulgação da PME, que agora será substituída pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, mais abrangente.

Pela Pnad Contínua, o país chegou ao fim de 2015 com 9,1 milhões de desempregados e taxa de desemprego de 9% no quarto trimestre.

Matéria atualizada às 10h

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A PME abrange o mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do país. A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa chegaria a 8,1% no mês na mediana das previsões.

A renda média também foi afetada pelo atual cenário, informou o IBGE, com recuo de 1,5% em fevereiro sobre janeiro, atingindo 2.227,5 reais.

Na comparação com o mesmo mês de 2015, a queda foi de 7,5%, num cenário de inflação alta e juros elevados.

Os dados mostram que no mês passado a população ocupada diminuiu 1,9% sobre o mês anterior, somando 22,555 milhões de pessoas.

Sobre fevereiro de 2015, a queda foi de 3,6%, o que representa 842 mil pessoas que perderam seus empregos.

O comércio foi a atividade que mais dispensou, com queda de 3,9% no número de trabalhadores em relação a janeiro, ou 177 mil pessoas demitidas.

"A notícia desfavorável que ficou evidente foi a queda na ocupação. São cortes mesmo. Além daqueles setores que já vinham dispensando, como construção e indústria, vimos agora dispensas no comércio", destacou a técnica da pesquisa no IBGE, Adriana Beringuy.

Já a população desocupada registrou alta de 7,2% contra janeiro e forte aumento de 39% sobre um ano antes, chegando a 2,015 milhões de pessoas à procura de uma posição.

O mercado de trabalho sofre desde o ano passado com a forte recessão na qual o Brasil está mergulhado, sem perspectiva de melhora em breve já que a pesquisa Focus do Banco Central aponta expectativa de contração econômica de 3,60% este ano.

Esta foi a última divulgação da PME, que agora será substituída pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, mais abrangente.

Pela Pnad Contínua, o país chegou ao fim de 2015 com 9,1 milhões de desempregados e taxa de desemprego de 9% no quarto trimestre.

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