Desemprego recua para 7,5% em novembro, diz IBGE
A mediana das previsões em pesquisa era de que a taxa ficaria em 8,0 por cento por cento no mês
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 09h34.
Rio de Janeiro/São Paulo - Ajudada pelas tradicionais vagas de fim de ano, a taxa de desemprego no Brasil recuou em novembro, pela primeira vez no ano, mas a renda sofreu a maior queda em 12 anos numa economia que enfrenta recessão e inflação alta.
No mês passado, a taxa calculada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) recuou a 7,5 por cento, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quinta-feira.
Embora seja menor do que os 7,9 por cento registrados em outubro, é a maior para novembro desde 2008, quando ela foi de 7,6 por cento. Também mostra forte alta em relação à taxa de 4,8 por cento de novembro de 2014.
"É natural que em novembro e dezembro a taxa caia devido aos empregos do final do ano, mas não muda nossa cabeça em relação ao ajuste que está acontecendo no mercado de trabalho", avaliou o economista sênior do banco de investimentos Haitong, Flávio Serrano, para quem o desemprego no país continuará subindo em 2016.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o desemprego subisse a 8,0 por cento no m6es passado.
Com o cenário de recessão e inflação que assola o país, exacerbado pela crise política que afeta a confiança dos empresários, o mercado de trabalho neste ano não vem gerando vagas e a renda vem sendo corroída.
A renda média da população, segundo o IBGE, recuou 1,3 por cento em novembro sobre outubro, para 2.177,20 reais. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o tombo foi de 8,8 por cento, maior queda desde dezembro de 2003 nessa base de comparação (-10,7 por cento).
"Há um ajuste importantíssimo no mercado de trabalho em curso que vai continuar, e isso nos dá a ideia de que a atividade econômica continuará se ajustando porque o consumo das famílias vai continuar sofrendo por conta do aumento do desemprego", disse Serrano.
Em novembro, a população desocupada (pessoas à procura de uma posição), caiu 4,2 por cento em novembro sobre o mês anterior, mas saltou 53,8 por cento na comparação com um ano antes, chegando a 1,833 milhão de pessoas.
O IBGE informou ainda que a população ocupada avançou 0,3 por cento sobre outubro, tendência sazonal de criação de vagas no fim do ano. Mas caiu 3,7 por cento ante o mesmo mês do ano passado, atingindo 22,525 milhões de pessoas.
No terceiro trimestre, a taxa de desemprego calculada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua chegou a 8,9 por cento, com aumento recorde da população em busca de emprego. A Pnad Contínua engloba todas as regiões do país e substituirá a PME, que abrange apenas seis regiões metropolitanas, no início de 2016.
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa de economistas é de que a economia vai contrair 3,62 por cento este ano e 2,67 por cento em 2016.
Texto atualizado às 10h34.
Rio de Janeiro/São Paulo - Ajudada pelas tradicionais vagas de fim de ano, a taxa de desemprego no Brasil recuou em novembro, pela primeira vez no ano, mas a renda sofreu a maior queda em 12 anos numa economia que enfrenta recessão e inflação alta.
No mês passado, a taxa calculada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) recuou a 7,5 por cento, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quinta-feira.
Embora seja menor do que os 7,9 por cento registrados em outubro, é a maior para novembro desde 2008, quando ela foi de 7,6 por cento. Também mostra forte alta em relação à taxa de 4,8 por cento de novembro de 2014.
"É natural que em novembro e dezembro a taxa caia devido aos empregos do final do ano, mas não muda nossa cabeça em relação ao ajuste que está acontecendo no mercado de trabalho", avaliou o economista sênior do banco de investimentos Haitong, Flávio Serrano, para quem o desemprego no país continuará subindo em 2016.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o desemprego subisse a 8,0 por cento no m6es passado.
Com o cenário de recessão e inflação que assola o país, exacerbado pela crise política que afeta a confiança dos empresários, o mercado de trabalho neste ano não vem gerando vagas e a renda vem sendo corroída.
A renda média da população, segundo o IBGE, recuou 1,3 por cento em novembro sobre outubro, para 2.177,20 reais. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o tombo foi de 8,8 por cento, maior queda desde dezembro de 2003 nessa base de comparação (-10,7 por cento).
"Há um ajuste importantíssimo no mercado de trabalho em curso que vai continuar, e isso nos dá a ideia de que a atividade econômica continuará se ajustando porque o consumo das famílias vai continuar sofrendo por conta do aumento do desemprego", disse Serrano.
Em novembro, a população desocupada (pessoas à procura de uma posição), caiu 4,2 por cento em novembro sobre o mês anterior, mas saltou 53,8 por cento na comparação com um ano antes, chegando a 1,833 milhão de pessoas.
O IBGE informou ainda que a população ocupada avançou 0,3 por cento sobre outubro, tendência sazonal de criação de vagas no fim do ano. Mas caiu 3,7 por cento ante o mesmo mês do ano passado, atingindo 22,525 milhões de pessoas.
No terceiro trimestre, a taxa de desemprego calculada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua chegou a 8,9 por cento, com aumento recorde da população em busca de emprego. A Pnad Contínua engloba todas as regiões do país e substituirá a PME, que abrange apenas seis regiões metropolitanas, no início de 2016.
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa de economistas é de que a economia vai contrair 3,62 por cento este ano e 2,67 por cento em 2016.
Texto atualizado às 10h34.