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Brasil suspende importação de carne dos EUA após anúncio de vaca louca

Dez países também adotam medida; exportador brasileiro tem oportunidade

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

O Brasil suspendeu nesta quarta-feira (24/12), por tempo indeterminado, a importação de bovinos dos Estados Unidos, assim como de seus produtos e subprodutos, depois que o país anunciou na noite de terça-feira (23/12) o registro do primeiro caso de gado suspeito de ter a doença da vaca louca. O anúncio pode representar uma oportunidade para exportadores brasileiros de carne bovina, pois o Brasil deve fechar este ano como o maior exportador do produto do mundo."É uma situação dramática para os Estados Unidos. É uma pena que tenha acontecido isso com eles, mas isso pode abrir mercados para o Brasil", afirmou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, segundo informou a Agência Brasil.

A descoberta nos Estados Unidos, afirmam especialistas, tem menos implicações para a saúde pública e mais para a economia do país. Os americanos consomem mais de 50 bilhões de dólares de carne bovina por ano. A indústria da pecuária como um todo movimenta cerca de 180 bilhões de dólares.

Logo após o anúncio do caso suspeito em uma vaca que pertencia ao plantel de uma fazenda no estado de Washington, Japão, Coréia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura, Tailândia, Malásia, África do Sul, Taiwan, Rússia e mais de dez outros países também suspenderam as importações de carne americana. O Japão é o principal importador de carne dos Estados Unidos, tendo respondido por 32% do volume exportado pelo país em 2002, segundo a Federação dos Exportadores de Carne dos Estados Unidos.

O anúncio levou também a uma queda imediata nas ações de redes de fast-food, como McDonald's, e analistas de Chicago esperam uma queda de preços no mercado de grãos e carnes.

Uma amostra do material colhido na vaca, já sacrificada, foi enviado em um avião militar para um laboratório em Weybridge, na Inglaterra, e as autoridades americanas aguardam novas provas que confirmem a suspeita do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no país.

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