Economia

Brasil surpreende e fecha 12.292 vagas formais em novembro

Com os efeitos da reforma trabalhista já em vigor, o mês de novembro quebrou uma série de sete resultados positivos consecutivos

Emprego: o dado frustrou expectativa de abertura de 22 mil postos (Marcos Santos/Agência USP)

Emprego: o dado frustrou expectativa de abertura de 22 mil postos (Marcos Santos/Agência USP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 10h52.

Última atualização em 27 de dezembro de 2017 às 11h16.

Brasília - Mesmo com os primeiros contratos de trabalho firmados a partir da reforma trabalhista, o Brasil fechou 12.292 vagas de emprego formal em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho.

O saldo negativo de novembro interrompe a sequência de sete meses seguidos de geração de empregos formais e decorre de 1.111.798 admissões e de 1.124.090 demissões.

O dado inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial. As regras começaram a vigorar em 13 de novembro. Resultados até outubro de 2017 não incluíam essas informações.

O resultado surpreende todas as estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado, que esperavam abertura de 8 mil a 90 mil vagas, com mediana positiva em 23,8 mil postos.

No acumulado de 2017 até novembro, há uma abertura de 299.635 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 178.528 vagas.

O resultado mensal foi puxado pela indústria da transformação, que fechou 29.006 postos formais em novembro. Também tiveram desempenhos negativos os setores de construção civil (-22.826), agropecuária (-21.761), serviços (-2.972), administração pública (-2.360), indústria extrativa mineral (-1.155) e os serviços de utilidade pública (-814).

O único setor com geração de vagas foi o comércio, que abriu 68.602 novos postos em novembro.

Acompanhe tudo sobre:CagedDesempregoEmpregosReforma trabalhista

Mais de Economia

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Revisão de gastos não comprometerá programas sociais, garante Tebet

Haddad diz que discutiu com Lula investimentos para pente-fino de benefícios do INSS

Mais na Exame