Brasil só deixa de ser líder de juro alto com Selic a 8%
País está no topo do ranking de melhor pagador de juros reais do mundo, entre as taxas praticadas em 40 países
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2011 às 09h24.
São Paulo - O Brasil lidera, com certa folga, o ranking de melhor pagador de juros reais do mundo, entre as taxas praticadas em 40 países, segundo cálculos feitos pela Cruzeiro do Sul Corretora, em parceria com a Weisul Agrícola. O juro real considera a taxa básica de juros da economia, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
Pelo levantamento feito pelos analistas Jason Vieira e Thiago Davino, seria necessário que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a taxa Selic em 3,50 pontos porcentuais na reunião de hoje para que o país abandonasse o topo da lista. Ou seja, nem o corte de 0,50 ponto porcentual, esperado pela ampla maioria dos analistas, ou mesmo uma redução mais ousada, de 1 ponto, seria suficiente para retirar os juros brasileiros da incômoda posição de liderança.
Considerando-se uma Selic já em 11,00% ao ano, o Brasil encabeçaria o ranking de juros reais, com uma taxa de 5,1%. Na segunda colocação e bem atrás da posição nacional de liderança, apareceria a Hungria, com 2,5%. Ontem, o banco central húngaro elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde janeiro, de 6,00% para 6,50%, conforme esperado.
Empatados em terceiro lugar nessa mesma projeção estão Indonésia e Chile, com 1,5% de juro real cada. O México fecha a lista dos Top 5 com 1,3%.
A China é o primeiro país entre os Brics a aparecer na lista, com um taxa de juro real de 1,0%. O gigante asiático aparece empatado com outro emergente, a Rússia. O primeiro país desenvolvido a aparecer na lista é o Japão, na 11ª posição, com juro real de 0,3%.
"Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo", afirma Vieira, em relatório. Ele destaca que o país supera, inclusive, a Venezuela, o maior pagador nominal da atualidade, que tem uma taxa de juro de 18,30% ao ano. A exceção ficaria para um improvável corte de 3,50 pontos porcentuais na Selic hoje, o que deixaria o juro real brasileiro com uma taxa de 2,3%.
São Paulo - O Brasil lidera, com certa folga, o ranking de melhor pagador de juros reais do mundo, entre as taxas praticadas em 40 países, segundo cálculos feitos pela Cruzeiro do Sul Corretora, em parceria com a Weisul Agrícola. O juro real considera a taxa básica de juros da economia, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
Pelo levantamento feito pelos analistas Jason Vieira e Thiago Davino, seria necessário que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a taxa Selic em 3,50 pontos porcentuais na reunião de hoje para que o país abandonasse o topo da lista. Ou seja, nem o corte de 0,50 ponto porcentual, esperado pela ampla maioria dos analistas, ou mesmo uma redução mais ousada, de 1 ponto, seria suficiente para retirar os juros brasileiros da incômoda posição de liderança.
Considerando-se uma Selic já em 11,00% ao ano, o Brasil encabeçaria o ranking de juros reais, com uma taxa de 5,1%. Na segunda colocação e bem atrás da posição nacional de liderança, apareceria a Hungria, com 2,5%. Ontem, o banco central húngaro elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde janeiro, de 6,00% para 6,50%, conforme esperado.
Empatados em terceiro lugar nessa mesma projeção estão Indonésia e Chile, com 1,5% de juro real cada. O México fecha a lista dos Top 5 com 1,3%.
A China é o primeiro país entre os Brics a aparecer na lista, com um taxa de juro real de 1,0%. O gigante asiático aparece empatado com outro emergente, a Rússia. O primeiro país desenvolvido a aparecer na lista é o Japão, na 11ª posição, com juro real de 0,3%.
"Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo", afirma Vieira, em relatório. Ele destaca que o país supera, inclusive, a Venezuela, o maior pagador nominal da atualidade, que tem uma taxa de juro de 18,30% ao ano. A exceção ficaria para um improvável corte de 3,50 pontos porcentuais na Selic hoje, o que deixaria o juro real brasileiro com uma taxa de 2,3%.