Batata frita: a fábrica da McCain na Argentina fornece batatas congeladas às cadeias McDonald's, Burger King e à brasileira Bob's (McCain/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2012 às 12h43.
Buenos Aires - A empresa canadense McCain normalizou nesta quinta-feira a produção de sua grande fábrica de batatas congeladas na Argentina depois que o Brasil decidiu reabrir as importações desse produto, informou a empresa.
O governo brasileiro havia suspendido a importação das batatas McCain em uma retaliação por causa das barreiras às importações organizadas pelo secretario de Comércio Interior argentino, Guillermo Moreno. Desta forma, a companhia acabou suspendendo a produção de sua fábrica na cidade de Balcarce, situada a 380 quilômetros de Buenos Aires, no mês de maio.
A fábrica de McCain, que conta com 700 empregados, retornou ao seu 'normal funcionamento' para concretizar as exportações que estavam pendentes de confirmação, indicou a empresa em comunicado.
A companhia holandesa Farm Frites, também dedicada ao comércio de batatas congeladas, também já receberam essas permissões. Assim como a McCain, a Farm Frites não exportava produtos ao Brasil desde maio, embora seus porta-vozes tenham afirmado que a fabrica na província de Munro operava normalmente.
'Durante estes meses, a Farm Frites teve que substituir as batatas argentinas por europeias, enviando produto diretamente de sua matriz, na Holanda', assinalou a companhia em uma nota.
A McCain, por sua vez, agradeceu os esforços realizados pelas autoridades para 'destravar a situação que gerava uma série de inconvenientes na cadeia de produção e comercialização dos produtos'.
A fábrica da McCain na Argentina, junto com a holandesa Farm Frites, fornece batatas cortadas, congeladas e preparadas às cadeias McDonald's, Burger King e a brasileira Bob's.
O governo brasileiro suspendeu as licenças automáticas de importação para uma série de produtos perecíveis argentinos, entre eles, maçãs, trigo, uvas passas e batatas, como represália às medidas aplicadas pela Argentina em várias linhas escritas ou impressas do comércio.
Após aplicar um sistema de controle comercial em fevereiro, a Argentina, acusada de protecionismo, recebeu inúmeras queixas dos Estados Unidos, Japão e da União Europeia perante a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em junho, funcionários da Argentina e Brasil, os maiores membros do Mercosul, conseguiram firmar um acordo para suavizar os bloqueios que afetavam o comércio bilateral durante a cúpula do bloco realizada na cidade argentina de Mendoza.