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Brasil quer chefe do FMI vindo de país emergente, diz fonte

O futuro da liderança do FMI virou um ponto de interrogação desde que Dominique Strauss-Kahn foi preso em Nova York, no sábado, acusado de abuso sexual

Sede do Fundo Monetário Internacional: estudo aponta que tentativas de redução da dívida aumentam a chance de litígios (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 23h16.

São Paulo - O Brasil acredita que o próximo chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria vir de um grande país emergente, mas não planeja pressionar ativamente por isso porque a Europa tende a manter o controle sobre o cargo, disse uma autoridade sênior do governo à Reuters na terça-feira.

"Nós achamos que seria apropriado ter alguém de países emergentes", disse a autoridade, sob condição de anonimato.

"Nós acreditamos que a Índia e o Brasil seriam boas opções. Mas nós também acreditamos que é provável que a Europa mantenha um profundo controle sobre o cargo e, portanto, nós não estamos planejando insistir muito nesse assunto por enquanto", acrescentou.

O futuro da liderança do FMI virou um ponto de interrogação desde que Dominique Strauss-Kahn foi preso em Nova York, no sábado, acusado de abuso sexual.

Mais cedo na terça-feira, o Ministério do Exterior da China disse que o processo de seleção para os líderes do FMI deveria ser baseado em "justiça, transparência e mérito." O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na noite de terça-feira que o caso envolvendo Strauss-Kahn não pode ser usado para pressionar por uma mudança na maneira como o diretor-gerente do FMI é escolhido. Essa discussão, disse Mantega ao canal GloboNews, é "prematura".

"Estou bastante perplexo com essa situação, espero que ela se esclareça e de forma favorável ao Dominique, porque ele, a meu ver, foi um dos melhores diretores-gerentes que já passaram por essa instituição", afirmou o ministro.

Os comentários de Mantega desta terça-feira contrastam com as exigências que ele fez ao longo dos últimos três anos, segundo as quais o FMI deveria rever a forma como escolhe sua liderança.

Mantega disse a um painel do FMI em abril -- antes da erupção do escândalo -- que já passara do tempo para a instituição interromper a prática de indicar europeus ao cargo.

"Estou torcendo para que essa situação se resolva e que ele (Strauss-Kahn) continue à frente da instituição", disse Mantega ao canal GloboNews.

Segundo a autoridade do governo, sinais diplomáticos primários indicam que, se Strauss-Kahn deixar permanentemente a posição, será difícil impedir que outro europeu tome seu lugar.

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São Paulo - O Brasil acredita que o próximo chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria vir de um grande país emergente, mas não planeja pressionar ativamente por isso porque a Europa tende a manter o controle sobre o cargo, disse uma autoridade sênior do governo à Reuters na terça-feira.

"Nós achamos que seria apropriado ter alguém de países emergentes", disse a autoridade, sob condição de anonimato.

"Nós acreditamos que a Índia e o Brasil seriam boas opções. Mas nós também acreditamos que é provável que a Europa mantenha um profundo controle sobre o cargo e, portanto, nós não estamos planejando insistir muito nesse assunto por enquanto", acrescentou.

O futuro da liderança do FMI virou um ponto de interrogação desde que Dominique Strauss-Kahn foi preso em Nova York, no sábado, acusado de abuso sexual.

Mais cedo na terça-feira, o Ministério do Exterior da China disse que o processo de seleção para os líderes do FMI deveria ser baseado em "justiça, transparência e mérito." O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na noite de terça-feira que o caso envolvendo Strauss-Kahn não pode ser usado para pressionar por uma mudança na maneira como o diretor-gerente do FMI é escolhido. Essa discussão, disse Mantega ao canal GloboNews, é "prematura".

"Estou bastante perplexo com essa situação, espero que ela se esclareça e de forma favorável ao Dominique, porque ele, a meu ver, foi um dos melhores diretores-gerentes que já passaram por essa instituição", afirmou o ministro.

Os comentários de Mantega desta terça-feira contrastam com as exigências que ele fez ao longo dos últimos três anos, segundo as quais o FMI deveria rever a forma como escolhe sua liderança.

Mantega disse a um painel do FMI em abril -- antes da erupção do escândalo -- que já passara do tempo para a instituição interromper a prática de indicar europeus ao cargo.

"Estou torcendo para que essa situação se resolva e que ele (Strauss-Kahn) continue à frente da instituição", disse Mantega ao canal GloboNews.

Segundo a autoridade do governo, sinais diplomáticos primários indicam que, se Strauss-Kahn deixar permanentemente a posição, será difícil impedir que outro europeu tome seu lugar.

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