Economia

Brasil pode taxar capital estrangeiro em "guerra cambial"

Guido Mantega disse que o Brasil não permitirá que o real se aprecie excessivamente e que está preparado para tomar todas as ações "como aquelas que adotamos no passado"


	Mantega: "Se necessário, se as entradas de fluxos forem ainda mais forte, nós temos (a opção) de impostos de capital de curto prazo que podem (ser introduzidos)"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mantega: "Se necessário, se as entradas de fluxos forem ainda mais forte, nós temos (a opção) de impostos de capital de curto prazo que podem (ser introduzidos)" (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 09h25.

Londres - O Brasil ameaçou nesta sexta-feira adotar impostos em capital estrangeiro especulativo, disparando um alerta sobre a chamada "guerra cambial" que segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve-se à impressão de dinheiro feita pelos bancos centrais.

Mantega disse que o Brasil não permitirá que o real se aprecie excessivamente e que está preparado para tomar todas as ações "como aquelas que adotamos no passado".

"Se necessário, se as entradas de fluxos forem ainda mais forte, nós temos (a opção) de impostos de capital de curto prazo que podem (ser introduzidos)", disse Mantega a repórteres às margens de conferência organizada pela Economist em Londres.

"Nós adotaremos novas medidas em termos de taxação de operações financeiras." O Brasil chocou os investidores em outubro de 2009 ao impor impostos sobre algumas categorias de fluxos estrangeiros para ações locais e ativos de renda fixa. À época, o país afirmou que parte desse dinheiro era especulativo e que estava prejudicando a economia.

Mantega tem sido um dos maiores críticos aos programas de compra de ativos chamados de "quantitative easing" que bancos centrais do Ocidente têm usado para sustentar suas economias.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCâmbio flutuanteDólarGoverno DilmaGuido MantegaImpostosLeãoMoedasPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosReal

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor